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Polícia

Pastor acusado de estupros levava vítimas a casa de familiares, que não sabiam dos crimes

Família soube dos crimes através das notícias e pede desculpas pelos fatos
Monique Faria -
DEPCA, em Campo Grande (Henrique Arakaki, Midiamax)

Familiares do pastor preso em , na última terça-feira (18), acusado de estuprar ao menos cinco mulheres na capital, entraram em contato com o Jornal Midiamax para contar que não tinham conhecimento dos crimes cometidos. Ainda mais, souberam dos fatos através das notícias. Uma parente contou que ele levava algumas vítimas em casa, mas que nunca imaginou o que estava realmente acontecendo.

De acordo com ela, o acusado é pai de três mulheres e possui três netas. Assim, nunca imaginou que seria capaz de cometer crimes contra outras mulheres. Além disso, essa familiar lembrou que foi vítima de anos atrás e o pastor acompanhou seu sofrimento, dando todo o suporte necessário.

Outro detalhe relembrado por ela é que o pastor guardava a provável agenda com anotações íntimas das vítimas sob sete chaves. Tamanho cuidado para manter o seu conteúdo em sigilo foi motivo de brigas constantes na família. Depois que as informações vierem a tona, teve certeza de que as anotações estavam guardadas ali.

Inclusive, somente após a divulgação do caso pela imprensa, que a família soube o motivo da prisão do acusado. A familiar disse que, no primeiro momento, foi informado a ela de que ele foi preso por débitos de pensão familiar.

“Quando vi as notícias, percebi que muita coisa bateu. As agendas, desde ele tem e ninguém podia encostar. A gente nunca pôde ler, tinha até uma dessa agenda e uns gibis adultos, em preto e branco. Ele separou e casou com outra mulher e o maior motivo das brigas com ela também era a agenda, que ninguém podia ler”, contou.

Pastor chegou a levar vítimas na casa da família

Enquanto tentava ligar os fatos noticiados às lembranças que tinha em família, a familiar não conseguia acreditar. Ela lembrou até mesmo que no passado o pastor levou uma das vítimas na casa dela. “Ele chegou a vir aqui em novembro ou dezembro do ano passado com uma dessas meninas. Eu até tenho uma foto dela. Parecia que ela não estava muito certa das ideias, estava meio perdida”, contou.

Mas a hipótese dos abusos nunca foi sequer cogitada, já que nada levantava suspeitas a seu respeito. Aliás, o pastor chegou a mandar dias antes uma mensagem carinhosa a parabenizando pelo seu aniversário.

Contudo, mesmo sendo difícil de acreditar, a mulher pede perdão, em nome da família, às vítimas. E reforça o desejo de ver a justiça sendo feita.

“Peço perdão para todas essas jovens que foram violentadas. Lamento ainda mais pelo fato delas estarem vulneráveis e tentando buscar ajuda e, ao invés disso, encontrarem o mal personificado. Vai ser difícil elas acreditarem em Deus perante tudo isso, mas me dedicarei a orar por elas para encontrarem conforto em Deus e que Ele possa curá-las dessa tragédia”, diz.

Entenda o caso

O pastor de 59 anos preso por estupro em Campo Grande fez pelo menos cinco vítimas na Capital. Ele cometia os crimes desde 2023, e foi considerado pela polícia como um estuprador em série. O pastor tinha anotações íntimas das vítimas, como ciclo menstrual.

Em coletiva de imprensa, os delegados Pablo Farias e a Nelly Martins, disseram que o pastor já atuou em Aquidauana e Terenos, o que pode aumentar o número de vítimas. O pastor atuava na região por cerca de 8 anos. 

Ainda de acordo com os delegados, as vítimas tinham idades entre 13 e 21 anos, e o pastor seguia o mesmo padrão para escolher as vítimas, como a vulnerabilidade e promessa de ajuda para largar as drogas. “O estuprador escolhe um lugar e profissão que facilite cometer os crimes”, disse o delegado.

Os estupros não ocorriam na igreja, segundo os delegados. Conforme informações, os estupros aconteciam durante orações de ‘limpeza‘, quando o autor se aproveitava para passar as mãos no corpo das vítimas. Ele ainda ameaçava as mulheres, caso contassem algo. 

Ele convencia as vítimas de que elas precisavam realizar ‘limpezas espirituais’ e com isso as forçava a morar com ele. As mulheres eram ameaçadas pelo homem que dizia que elas sofreriam de algum “mal espiritual”, caso não aceitassem fazer a “limpeza espiritual”. 

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