O sobrevoo de drones realizado pela perícia da nesta quarta-feira (10) ajudou na investigação da dinâmica do acidente na BR-163, que acabou na morte de seis pessoas, após duas carretas, um caminhão pequeno e um carro de passeio se envolverem em uma batida por volta das 5h30 da manhã.

Com a batida entre os veículos, parte das cargas que eram transportadas pelas carretas ficaram espalhadas na estrada, além dos veículos ficarem prensados e um pendurado a uma altura de seis metros, dificultando entender o que teria acontecido no local.

“O uso de drones da perícia, sobretudo em locais abertos, como é o caso dos acidentes de , constitui um ferramental muito importante porque dá ao perito a possibilidade da visão que ele não teria em solo, uma vez que o drone sobrevoa e faz as imagens do alto”, explica Emerson Lopes dos Reis, Diretor do Instituto de Criminalística.

Ainda segundo Emerson, “facilita muito a identificação de vestígios, a identificação da dinâmica do acidente. O perito pode ainda fazer um mapeamento aéreo, fazer uma reconstrução por aerofotogrametria, de forma que ele consegue ter toda a sua cena reconstruída em três dimensões, toda em escala. Com isso ele consegue tirar todas as medidas que ele precisa do local através do mapeamento aéreo fotogramétrico, além de trazer uma maior qualidade na visualização da cena do acidente, para que ele possa realizar a sua análise e chegar às conclusões de quem deu a causa do acidente”.

Morreram no acidente o casal Fernanda Lopes Ritter e Daniel Azambuja Alves, além de José Lucas Verus de Albuquerque, Jefferson Brunetto, Ednaldo Ramos dos Santos e Ezequiel Nordt.

Acidente com seis

O acidente aconteceu por volta das 5 horas da manhã desta quarta-feira (10), e envolveu duas carretas, um caminhão baú e um carro de passeio

Conforme boletim de ocorrência, a carreta de suínos era ocupada por José Lucas e Jefferson, enquanto a carreta que transportava milho era conduzida por Ezequiel. No caminhão baú estava Ednaldo e, no carro, um Ônix, o casal Fernanda e Daniel.

Todas as vítimas morreram no local e a polícia suspeita que a carreta de porcos – que trafegava sentido Anhanduí a Campo Grande –, teria invadido a pista contrária e atingido os demais veículos. 

O acidente mobilizou equipes da PRF (Polícia Rodoviária Federal), equipes da CCR MSVia, Polícia Civil e Perícia Científica.

Uma das carretas que se envolveu no acidente acabou tombando a uma altura de seis metros, e segundo informações passadas ao Midiamax, a carga espalhada dificultou a análise da dinâmica do acidente. As cargas das carretas já foram retiradas pelas empresas.

Alguns dos porcos ficaram presos nas ferragens e outros morreram com o impacto da colisão. Por isso, eles serão eutanasiados. Ainda no início da tarde desta quarta (10), meia pista da rodovia foi liberada após 7 horas e meia de congestionamento de pelo menos 10 quilômetros com 15 mil veículos. A pista foi liberada no sistema ‘Pare e Siga'.