A defesa de Nayara Francine Nobrega dos Santos pediu anulação do julgamento, ocorrido em maio do ano passado, que a condenou em 12 anos de pelo assassinato de Carolina Leandro Souto, conhecida como ‘Karolzinha'.

O crime aconteceu no bairro Aero Rancho em agosto de 2020. Nayara não compareceu no julgamento e ficou foragida por quase um ano, quando foi presa em janeiro de 2024 em São Paulo.

A defesa da assassina pediu anulação do por ser contrária às provas dos autos e por especificamente não reconhecer a causa de diminuição de pena e por não afastar a qualificadora do recurso que dificultou a defesa da vítima. 

Razão pela qual requer a anulação do julgamento para que um novo seja realizado”, diz no processo.

Nayara foi condenada por qualificado por motivo torpe e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima, mas foi absolvida do porte de arma de fogo. 

O pedido de anulação foi indeferido. “Não cabe a anulação quando os jurados optam por uma das correntes de interpretação da prova possíveis de surgir”, diz parte do texto que justifica a negativa de anular o julgamento.

Ainda explica no processo que depoimentos confirmam que a vítima estava sentada quando foi assassinada e não portava arma de fogo. “Nayara cometeu o delito mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que agiu com a intenção de surpreendê-la, tendo abordado Carolina em frente à sua residência e desferido disparos. Assim a vítima não poderia esperar por tal atitude sendo atingida pelos disparos, sem poder esboçar qualquer reação eficaz de defesa”.

“Nego provimento ao recurso interposto por Nayara para manter incólume a sentença recorrida”.

Prisão após quase um ano

Nayara foi presa no dia 3 de janeiro deste ano pela equipe do 34º Batalhão da PM em uma casa na Rua Sangiovese, no bairro Quinta dos Vinhedos, em Bragança Paulista, município localizado em São Paulo. Durante abordagem, ela confirmou sua identidade e os militares checaram se a mesma possuía antecedentes criminais. Feito isso, foi constatado que a jovem tinha um mandado de prisão em seu desfavor.

Após ser presa, a defesa também tentou uma prisão domiciliar, visto que a autora tem um filho recém-nascido, mas o pedido não foi concedido.

O crime

Nayara matou ‘Karolzinha' a tiros durante discussão por desavenças anteriores. As duas se conheciam porque moravam próximas uma da outra. Em desentendimentos anteriores, as duas trocaram insultos em uma festa que frequentaram dias antes do crime.

Na companhia de uma amiga, Nayara andava pela rua quando viu ‘Karolzinha' com uma amiga em frente à sua casa sentada. Momento em que foi até o encontro da vítima, sacou uma arma de fogo que estava em sua mochila e efetuou disparos. A vítima foi socorrida, mas morreu no CRS Aero Rancho enquanto a autora fugiu.