O Tribunal do , em , realiza nesta terça-feira (30) o julgamento de Nayara Francine Nobrega dos Santos, de 25 anos, acusada de matar com quatro tiros Carolina Leandro Souto, a ‘Karolzinha', em agosto de 2020, no Bairro .

A mãe de Karolzinha, Márcia Souza, de 44 anos, esteve presente no julgamento acompanhada da irmã. Ela estava muito emotiva e disse que a filha ligava e a visitava todos os dias para levar os netos para vê-la. 

“Espero que a justiça seja feita porque quem perdeu fui eu que só vejo minha filha pela foto numa placa no cemitério”, ela declarou. 

Márcia ainda disse que o coração de mãe está apertado e tem vivido um dia após o outro com ajuda de medicação. 

“Isso é o mais difícil, esperar uma ligação dela e não ter. Os filhos chamam pela mãe e eu não sei o que dizer, digo que o papai do céu levou e eles pedem para eu pedir pra papai do céu trazer de volta”, ela afirmou. 

Nayara foi intimida para o julgamento, mas não compareceu. (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

Além disso, Márcia relembrou que já perdeu três filhos para a violência, sendo um de consideração, e que espera que a justiça seja feita por Karolzinha. “Nada justifica, por que não chamou ela para conversar?”, questiona.

Márcia e a irmã estavam com camisetas com o rosto da vítima, mas foi pedido que fossem ao banheiro virar o lado e esconder a estampa. 

A acusada do crime, Nayara Francine Nobrega dos Santos, se entregou à polícia e respondeu pelo assassinato em liberdade. Ela foi intimada para o julgamento por meio de edital, mas não compareceu ao Tribunal do Júri nesta terça-feira.

Relembre o crime

Nayara matou Karolzinha a tiros durante discussão por desavenças anteriores. As duas se conheciam porque moravam próximas uma da outra. Em desentendimentos anteriores, as duas trocaram insultos em uma festa que frequentaram dias antes do crime.

Na companhia de uma amiga, Nayara andava pela rua quando viu Karolzinha com uma amiga em frente à sua casa sentada. Momento em que foi até o encontro da vítima, sacou uma arma de fogo que estava em sua mochila e efetuou disparos. A vítima foi socorrida, mas morreu no CRS Aero Rancho enquanto a autora fugiu.

Nayara responde por porte ilegal de arma de fogo e homicídio qualificado pelo motivo torpe e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.

A defesa da ré tentou a impronúncia e a absolvição, alegando que Nayara agiu em legítima defesa, mas o Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, acabou decidindo por pronunciar a acusada pelo homicídio, qualificado por motivo torpe e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.