Um ano após estuprar e matar a esposa, acusado ainda não tem data para ser julgado

Assassino chegou a recorrer pedindo absolvição, que foi julgado como improcedente o pedido

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Alexsandra morreu na madrugada de um domingo, em novembro de 2022. (Redes sociais)

Um ano se passou e a família de Alexsandra Galvão de Arruda, de 42 anos, ainda aguarda por uma resposta para a morte da mulher. Isso porque o marido da vítima, acusado pelo assassinado no dia 13 de novembro de 2022, em Campo Grande, ainda não foi julgado. 

O crime aconteceu na casa do casal, no Jardim Centro Oeste. Alexsandra foi encontrada seminua, com sua blusa levantada na altura dos seios e o short abaixo do tornozelo, sem roupas íntimas, quase degolada.

A faca utilizada no crime, foi localizada em um forno elétrico, sobre a pia da cozinha, e o autor aparentemente tentou lavá-la. O objeto também foi periciado.

O juiz Carlos Alberto Garcete deu sentença de pronúncia no dia 20 de abril deste ano, determinando que Renato vá a júri popular por feminicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além do crime de estupro.

O réu apelou da sentença, requerendo absolvição sumária por ausência de provas.

Esse recurso foi julgado no dia 1º de setembro como improcedente, dessa forma, ele segue preso aguardando ser marcada a data do julgamento. 

Suposta motivação para o crime

Em depoimento após se entregar na Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), o marido e autor confessou ter ingerido bebidas alcoólicas antes de matá-la. Ele ainda contou que o motivo foi uma discussão sobre suposta traição por parte da vítima que, segundo ele, “ficava provocando”.

Uma familiar da vítima disse ao Jornal Midiamax que Alexsandra teria descoberto que o marido começou a usar drogas. “Semana passada ela descobriu que ele estava usando droga. Eu estava junto quando ela descobriu, só isso que eu sei”, afirmou na época.

Ameaça contra ex-esposa

O autor já tinha um boletim de ocorrência contra ele por ameaça, registrado pela ex-mulher em outubro de 2017, quando na festa do filho de 6 anos do casal foi agredida com socos e ameaçada de morte por ele. Na época, a ex-mulher havia pedido para que ele não comprasse bebidas alcoólicas para o aniversário, mas ele comprou. E depois que os convidados foram embora começou a discussão entre o casal.

A mulher foi agredida com socos e teve um dos dentes quebrado por ele. “Não grita comigo, se for embora eu mato você”, disse. Com medo, a mulher saiu de casa e pediu medidas protetivas contra o marido. O casal ficou junto por 4 anos.

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