Polícia vai investigar se ex-aluno que esfaqueou advogada foi estuprado em escola municipal

Na delegacia, adolescente disse que outros três alunos teriam o estuprado no banheiro e essa seria motivação para o ataque

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Foto: Kisie Ainoã – Jornal Midiamax

A Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) irá instaurar investigação para apurar o ato infracional análogo ao crime de estupro de vulnerável, que o adolescente de 15 anos que esfaqueou uma advogada na Escola Municipal Bernardo Franco Baís, nessa quinta-feira (18), teria sofrido de outros alunos. A investigação seguirá na especializada pois os supostos autores também seriam menores de idade.  

O adolescente relatou, em depoimento na Deaij nessa quinta-feira (18), que “ano passado, quando era aluno da escola, teria sofrido um abuso sexual no banheiro”. Ele ainda relatou que os supostos agressores seriam outros alunos, que foram identificados por ele.

Entretanto, ele não quis dar mais detalhes durante o depoimento. Então, a polícia confirmou que irá abrir investigação para apurar o suposto abuso denunciado pelo adolescente.

O registro do ataque foi feito como tentativa de homicídio simples. Outras testemunhas também prestaram depoimento, incluindo o professor e o agente patrimonial que contiveram o adolescente.

Acompanhamento psicológico

adolescente teve comportamento suspeito identificado em apenas um mês de aula na rede estadual, em Campo Grande. A equipe educacional recomendou que ele passasse por acompanhamento psicológico.

O menino concluiu o Ensino Fundamental em 2022 na escola onde voltou para promover um ataque, na tarde de quinta-feira (18). Ele iniciou o ano letivo de 2023, em uma escola estadual, mas em apenas um mês de aulas foi recomendado para sua família que buscasse avaliação e acompanhamento com psicólogo.

A SED (Secretaria Estadual de Educação) não detalha quais comportamentos do garoto levaram à recomendação, apenas que ele precisaria de “atenção especial por parte da família, devido a uma questão de comportamento”.

Ainda conforme a SED, a ação de acionar a família recomendar avaliação e possível acompanhamento psicológico, faz parte do protocolo da Rede, mantendo pais/responsáveis informados sobre as situações observadas nas escolas.

(Henrique Arakaki, Midiamax)

Aluno estava com facas e marreta

Ainda em depoimento, o adolescente que esfaqueou uma advogada na escola, contou que esperou a mãe sair para trabalhar e pegou as facas para cometer o crime, confessando, assim, o ataque.

adolescente ainda revelou que acordou cedo, se arrumou e esperou a mãe sair para trabalhar, quando foi até a cozinha e pegou cinco facas, além de uma marreta e foi em direção à escola. Ele ainda falou que teria visto os abusadores indo para a quadra de esportes, e por isso, tentou entrar na unidade escolar.

Durante depoimento, o adolescente repetiu discursos de jovens que cometem este tipo de crime e que não serão reproduzidos pelo Jornal Midiamax, que zela pelo compromisso de não estimular atos de violência em indivíduos e comunidades de ódio, que resultam em novos casos, segundo recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência

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