A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul segue investigando a origem dos 85 garrotes – bezerros em idade de desmame -, encontrados em estado de desnutrição em uma chácara próxima a uma estrada vicinal de Campo Grande. Uma das hipóteses que será apurada é de que eles tenham sido alvo de traficantes de animais.

O caso foi descoberto na terça-feira (18) e seis animais foram encontrados mortos no local.

Segundo informações apuradas pelo Jornal Midiamax, o dono do local arrendava a fazenda para um homem de 38 anos conhecido como ‘paraguaio’, que seria responsável por trazer os animais até Mato Grosso do Sul.

Na tarde desta quarta-feira (19), o corretor de compras, que fez o intermédio da compra e venda dos animais, prestou depoimento na Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) e afirmou que os animais eram alimentados por ele a cada dois dias. Contudo, a vistoria indicou que os animais estavam há dias sem se alimentar.

No depoimento, o homem disse que em 4 de julho comprou 56 animais por R$ 1 mil cada diretamente com o ‘paraguaio’. Em 13 de julho, mais 90 animais foram adquiridos e seriam levados até a cidade de Rochedo.

Segundo ele, os animais foram levados para a chácara onde ficariam até o dia do transporte, contudo diversos bezerros acabaram fugindo do local.

Maércio Barbosa, titular da Decat, explicou que os animais estavam com indícios de subnutrição. Agora, a investigação apura a origem dos bezerros.

Conforme o delegado, os animais podem ter sido contrabandeados do Paraguai, já que não há produção em MS, o que viola as normas sanitárias da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul) e coloca em risco a saúde da população.

A pena para o crime de maus-tratos pode chegar a cinco anos de reclusão, além da multa.

Animais receberam ração nesta quarta-feira (19). (Polícia Civil/Divulgação)