O Governo Federal, além de dar continuidade à , em Mato Grosso do Sul, também decidiu estender o programa que também irá reforçar a segurança nas aldeias localizadas na faixa de fronteira.

A medida foi anunciada durante reunião entre o titular da Senasp (Secretaria Nacional de ), Tadeu Alencar e o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira. O encontro em (DF), no início da semana.

Segundo Videira, a iniciativa atende ao pedido dos Conselhos de Segurança das aldeias Jaguapiru e Bororó de e, também, da aldeia Tey Kuê de Caarapó. “Mas estenderemos as ações da Operação Hórus também para as aldeias de Amambai, e Antônio João, que também reivindicam mais segurança”, explica o secretário.

As aldeias contempladas com a Operação Hórus apresentam, segundo Videira, índices de criminalidade acima da média estadual. “As equipes policiais que já atuam na Operação Hórus terão agora incluído em suas áreas de autuação essas comunidades indígenas”, enfatiza.

A Hórus é uma operação permanente dos Guardiões da Fronteira, do MJSP (Ministério de Justiça e Segurança Pública), e conta com o apoio das forças de segurança de 12 estados, incluindo todos os fronteiriços, entre eles, Mato Grosso do Sul.

Além das polícias civis e militares de cada unidade federativa, participam da ação conjunta as polícias Federal, Rodoviária Federal, Penal e o Exército Brasileiro.

Facções criminosas nas aldeias

Indígenas das aldeias de Mato Grosso do Sul estão sendo cooptados para trabalhar na produção e colheita de maconha em fazendas no Paraguai. A denúncia foi feita no dia 13 de setembro pelo secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, na sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil- Seccional Dourados/Itaporã).

“Temos informações que muitos indígenas do nosso Estado estão sendo usados como mão de obra para o tráfico de entorpecentes. Alguns deles estão sendo levados para a fronteira e acabam aliciados para atuarem no transporte de maconha”, disse o secretário, ressaltando que o Governo do Estado está trabalhando em um projeto que possa coibir esse tipo de ação.

“Temos que estar atentos não só à disputa pela terra, mas à vulnerabilidade dessas populações. Nossas aldeias estão sendo utilizadas por facções criminosas para levar drogas para os grandes centros”, explicou Videira.

“Temos muitos indígenas indo colher maçãs em Santa Catarina e no Rio Grande Sul. Isso é importante. Mas nós temos muitos jovens indígenas que estão indo trabalhar nas roças de maconha. E lá eles recebem em guarani ou em real, mas também recebem em haxixe e maconha. Ele vende dentro da sua aldeia ou da mais próxima e vai levando de aldeia em aldeia”, denunciou o secretário.