Nas redes sociais, ‘Maníaco do Parque das Nações’ dava dicas de como limpar carro no lava a jato
‘Maníaco do Parque das Nações’ já tinha feito quatro vítimas desde que foi solto há 2 anos
Thatiana Melo –
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Nada que levantasse suspeitas de José Carlos Santana, o ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’, que aos olhos de pessoas que não o conheceram em 2007, nem sabiam que moravam, conviviam com um estuprador em série, que já tinha estuprado 10 mulheres, sendo preso e depois colocado em liberdade de novo.
O ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’ após a liberdade voltou a conviver em sociedade e tinha uma vida normal, mas ninguém desconfiava que ele voltou a cometer estupros há dois anos, sendo quatro mulheres estupradas em Campo Grande.
Ele tinha um lava a jato em Terenos, a 33 quilômetros da Capital, onde acabou preso nessa segunda-feira (2). E nas redes sociais, em seu perfil no Instagram, José Carlos mostrava para futuros clientes como deixava os veículos que pegava para limpar de maneira impecável.
No vídeo postado nas redes sociais ele fala: “Bom dia, bom dia, eu quando pego um carro, pego assim, tem pelo de cachorro que impregna o carpete. Boa tarde, quando começa o vídeo está todo bonitinho e quando termina está todo descabelado. Banco de couro hidratado e higienizado.”
Imagens de câmeras de segurança mostram ‘Maníaco do Parque das Nações’
Imagens de câmeras de segurança das ruas de Campo Grande mostram o ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’ perseguindo mulheres pelas ruas. Ele tinha uma lava a jato em Terenos, a 97 quilômetros de onde foi preso, nessa segunda-feira (2), por equipes da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Ele também trabalhava como motorista de aplicativo e estava casado há pelo menos 1 ano e tinha uma filha.
Em uma das imagens divulgadas pela polícia é possível ver quando uma mulher está caminhando no dia 14 de setembro por volta das 5h50 da manhã e é seguida pelo José Carlos Santana, ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’. Ele disfarça falando ao celular e a mulher acaba percebendo e entra em uma casa. Assim, José Carlos dá meia-volta e desiste de atacar a vítima.
Já outra imagem, o ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’ segue uma mulher, que parece ser uma adolescente que está de mochila cor-de-rosa nas costas. Ela caminha pelas ruas de Campo Grande próximo a lojas sem saber que está sendo seguida por José.
O ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’ foi descrito pela delegada como uma pessoa muito tranquila e que não estava preocupado em esconder o rosto, e nem trocava de roupas quando cometia os crimes. Benicasa ainda disse que ele afirmou em depoimento que não conseguia ‘controlar’ e que orava durante os estupros.
Ainda de acordo com a delegada, não se sabe ainda se usava do trabalho de ser motorista de aplicativo para cometer os crimes. Benicasa ressaltou que os crimes sexuais envolvendo motoristas de aplicativo têm aumentado. “As plataformas precisam rever seus cadastros”, disse a delegada.
‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’ fez 4 vítimas
De acordo com a delegada Elaine Benicasa, os estupros começaram no ano passado e segundo a delegada, ele não se preocupava em esconder o rosto e usava sempre as mesmas roupas para cometer os crimes – que era do lava a jato que tinha em Terenos.
Ainda conforme a delegada, ele estava muito tranquilo e durante os estupros, ele contou que orava já que em depoimento disse que não conseguia controlar. Uma das vítimas foi uma adolescente de 17 anos. Ao todo foram quatro vítimas, mas Benicasa não descarta que o ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’ tenha feito outras vítimas e pede para que quem reconhecer o autor faça a denúncia na delegacia.
Os estupros eram cometidos sempre pela manhã, quando as mulheres saiam para trabalhar. As vítimas eram escolhidas de forma aleatória. Segundo a delegada, o autor se aproximava das mulheres que pareciam mais vulneráveis, e sempre disfarçando que estava falando ao celular.
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