Mensagens que supostamente teriam sido enviadas pelo médico Gabriel Paschoal Rossi, morto por asfixia, provavelmente por um estrangulamento, encontrado nessa quinta-feira (3), em uma casa de Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, são analisadas pela polícia. O médico estava amarrado pelos pés e mãos.

Em uma das mensagens, o médico fala para outra pessoa: “só manda esse povo parar de me amolar que enquanto eu não falar com quem tenho eu tenho que falar não vou responder ninguém”. Já em outra mensagem, Gabriel pede dinheiro a outra pessoa.

“Arruma ai quem tem 5 mil na conta que pago 6 na quarta-feira”. Agora a polícia investiga se as mensagens teriam sido enviadas pelo médico ou pelos autores que mataram Gabriel, já que o celular dele não foi encontrado. 

Uma das linhas de investigação é de que o crime contra o médico tenha sido passional. Detalhes sobre o possível motivo não foram revelados. O médico foi vítima de uma emboscada, segundo a polícia.

Segundo o delegado, o médico apresentou uma lesão na parte anterior do pescoço. O corpo de Gabriel já estava em estado de decomposição quando foi encontrado. Ele estava com as mãos e os pés amarrados com fios de cabo de televisão e também de aparelho celular.

O que se sabe sobre o caso até agora

Ligação misteriosa: Informações apuradas pelo Jornal Midiamax indicam que no dia 27 de julho o médico teria recebido uma ligação misteriosa que seria de uma mulher com quem ele estava se relacionando. A mulher seria comprometida e moraria em Ponta Porã.

Visita a Ponta Porã: Gabriel teria saído do plantão, assim que recebeu a ligação para se encontrar com a mulher. A polícia rastreou a viagem feita pelo médico entre as cidades, já que não se sabia se o veículo HB20 havia saído do Estado levado para a fronteira. Informações são de que a mulher seria ligada a um criminoso.

Emboscada: Uma ‘casinha’ – gíria policial para emboscada – teria sido armada para o médico que após voltar para Dourados foi até a casa, próximo à Praça Paraguaia e lá foi assassinado estrangulado e espancado. Havia nas paredes do quarto onde estava o corpo respingos de sangue. Gabriel teve as mãos e pés amarrados por fios de televisão e carregadores de celulares.

Morto há pelo menos 4 dias: Segundo o delegado Eramos Cubas, o médico estaria morto há pelo menos quatro dias. O corpo foi descoberto depois que vizinhos sentiram um mau cheiro e moscas pelo local. 

Casa alugada por 2 pessoas: A casa onde o corpo foi encontrado havia sido alugada há 15 dias por duas pessoas, ainda não identificadas. Elas pagaram adiantado pelo aluguel que foi feito por um aplicativo. Os vizinhos não desconfiaram, já que o local era alugado por diária.