Homem baleado por guarda civil retirava celular do bolso e não facão, relata ocorrência

O homem, de 26 anos, baleado por um guarda civil metropolitano após uma perseguição não estava com um facão, mas com um celular. O caso ocorreu na manhã desta quarta-feira (12), no bairro São Francisco, em Campo Grande.

Conforme o boletim de ocorrência registrada pela PC (Polícia Civil), o suspeito retirava um celular no bolso quando foi atingido com um tiro nas costas. A versão inicial era de que o rapaz teria tentado atacar os agentes com um facão.

No entanto, a ocorrência registrada pela Polícia Civil afirma que ele possuía apenas um celular danificado em mãos. A arma utilizada pelo guarda civil metropolitano foi recolhida pela perícia.

Assim, os agentes perseguiram o suspeito até uma oficina mecânica. Neste momento, os agentes pediram novamente que o mesmo levantasse as mãos, mas não tiveram a ordem obedecida.

Ainda conforme a ocorrência registrada oficialmente, o suspeito pegou um aparelho celular que estava em sua cintura, quando um dos agentes atirou contra o rapaz.

A bala teria atingido o suspeito na região das costas e acabou alojada na barriga. Ele foi socorrido com vida, consciente e orientado para a Santa Casa de Campo Grande.

Após a ocorrência, nova equipe da Guarda Civil Metropolitana voltou ao local da primeira abordagem e encontraram petrechos, cocaína e dinheiro. Segundo o secretário de Segurança de Campo Grande, Anderson Gonzaga, o rapaz foi preso por tráfico de drogas e desobediência.

Procedimento será aberto apurar ação de agentes

Gonzaga afirmou ao Jornal Midiamax que um procedimento será aberto para apuração dos fatos.

O secretário também adiantou que o homem baleado possui mais de 30 passagens, entre elas, tráfico, roubo, desobediência e tentativa de homicídio.

“Quando o agente vai abordá-lo, ele descumpre a ordem e coloca mão na cintura e tira um objeto. O agente efetuou o disparo para conter a ação, mas não com intenção de matar, tanto que foi somente um disparo”, explicou Gonzaga.

Guarda deseja ser inclusa no sistema de segurança pública do Brasil

Após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que validou a constitucionalidade do Estatuto Geral das Guardas Municipais, AGMCG (Associação dos Guardas Municipais de Campo Grande) busca que a categoria seja inclusa no sistema de segurança pública do Brasil.

Segundo o presidente da AGMCG, Hudson Bonfim, a nomeação de Cristiano Zanin a presidência do STF fará com que os servidores levam ao executivo o pedido da inclusão no sistema de segurança pública do Brasil.

“Isso favorece a exigência de planos de carreira, que está entre os principais fundamentos. A guarda de Campo Grande é polo de atribuições. Já fazemos prisão em flagrante, atuação no trânsito. Isso faz com que a guarda ocupe seu espaço de direito na segurança pública”, afirmou.