O ex-militar da FAB (Força Aérea Brasileira), Tamerson Ribeiro Lima de Souza, 32 anos, sentenciado a 23 anos e quatro meses pela morte da esposa, Natalin Nara Garcia, de 22 anos, em fevereiro do ano passado, será julgado novamente.

O motivo é pelo fato dos jurados não levarem em consideração a qualificação de feminicídio no caso. A promotora do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Luciana do Amaral Rabel, foi quem entrou com a apelação aceita pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Em novembro de 2022, no julgamento, o Conselho de Sentença decidiu por condenar Tamerson por homicídio qualificado com motivo torpe e asfixia. Também por ter sido cometido na presença da criança e pela ocultação de cadáver. Porém, os jurados acolheram tese da defesa, afastando a qualificadora de violência doméstica e familiar, e então não houve sentença por feminicídio, que tem pena prevista de 12 a 30 anos de prisão.

Feminicídio

O crime aconteceu na madrugada do dia 4 de fevereiro de 2022, na residência do casal, no Residencial Oliveira. Conforme a denúncia, Tamerson e Natalin conviviam maritalmente há quatro anos e tinham uma filha.

Naquele dia, a vítima chegou em casa de madrugada e o casal teve uma discussão, quando Tamerson estrangulou a esposa com os braços, em um golpe de ‘mata-leão’.

Tamerson esteve preso na Base Aérea de Campo Grande, quando foi detido em flagrante após o corpo de Natalin ser encontrado, mas foi transferido ao presídio após a exclusão da FAB.