O casal acusado de manter um médico em cárcere privado no Bairro Vila Palmira, em Campo Grande, passou por audiência de custódia nesse sábado (17). O médico psiquiatra foi mantido na residência por cerca de 30 dias e obrigado a comprar drogas, contraindo dívida, e foi encontrado por policiais da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) na quinta-feira (15).

O juiz plantonista determinou a conversão da prisão em flagrante da mulher em prisão preventiva, que foi substituída por prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Já em relação ao homem preso, ele foi encaminhado ao presídio por ter a prisão preventiva decretada. Além disso, também foi feito encaminhamento para fazer tratamento no CRAS (Centro de Referência da Assistência Social).

Drogas na residência

Segundo consta, o médico estava hospedado anteriormente no hotel, mas para pagar mais barato nas diárias, a vítima resolveu ir para a casa da mulher, na Vila Palmira. Mas, no local acabou sendo mantido em cárcere privado pelo casal, que foi preso por equipes da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico). 

Na casa, os policiais encontraram perto da churrasqueira porções de maconha e dinheiro. Já na bolsa da mulher porções de cocaína foram localizadas. Balança de precisão também foi apreendida pelos policiais. 

Segundo o relato do namorado do médico, toda vez que tentavam sair da casa, os autores ofereciam mais drogas os deixando dopados. As vítimas foram encontradas em condições insalubres com restos de comidas no chão. O médico chegou a fazer várias transferências para a mulher, que dizia ser cobrança diária e das drogas.

Foram apreendidos diversos comprovantes bancários de transferências feitas pelo médico, além de maconha, pasta base e cocaína.