O interno da PED (Penitenciária Estadual de ), a 225 quilômetros da Capital, que teve 90% do corpo queimado por um colega de cela na segunda-feira (15), continua internado recebendo atendimento médico. Ele precisou ser transferido para a Santa Casa de e, duas semanas após o ocorrido, nesta segunda-feira (29), está sob escolta policial.

O paciente estava internado no mas, por estar escoltado, a assessoria de imprensa da Santa Casa não pode repassar informações sobre quando o preso foi transferido de Dourados para Capital. O é referência no tratamento de vítimas de queimaduras no Estado e possui uma ala específica para estes casos.

‘Tio Patinhas' confessou ter ateado fogo

O preso conhecido como ‘Tio Patinhas', que confessou ter ateado fogo no colega de cela, conhecido como ‘Largartixa do PCC', seria responsável por recrutar novos membros para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital. Ele possui 18 passagens policiais, a maioria por tráfico de drogas.

Em 2018, ‘Tio Patinhas' foi detido junto de outros membros do PCC em após a polícia receber a informação de que o faccionado estava fazendo o recrutamento para os novos ‘disciplinas de rua'. Neste dia, 31 de janeiro de 2018, outros integrantes que estavam na casa foram presos. O colega queimado por ‘Tio Patinhas' tem 13 passagens, sendo por roubo e porte ilegal de arma. 

‘Estávamos cheirando tíner e queimei ele'

Policiais penais foram chamados por outros internos, que começaram a bater grades e portas para chamar atenção, por volta das 18h. Os policiais perceberam o incêndio e apagaram com ajuda de extintores. Ao chegarem na cela, encontraram o interno, de 35 anos, sem roupas e completamente queimado.

Os policiais retiraram o preso da cela e encaminharam ao setor de saúde da unidade. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e encaminhou o interno, sob escolta, para atendimento hospitalar. Entretanto, a médica que o atendeu disse que o estado de saúde era gravíssimo e o interno precisou ser encaminhado para o Hospital da Vida.

Todos os outros presos da cela foram retirados e alojados em outra cela. Um dos internos confessou ter ateado fogo na vítima e disse “eu e ele estávamos cheirando thinner, aí tivemos um desacerto e começamos a brigar. Tomei a garrafa de thinner da mão dele e joguei, depois taquei fogo e eu queimei o cara (sic)”. O caso será investigado como tentativa de homicídio.