A empresa responsável pelo serviço do Sedex que funcionava no galpão encontrado na noite dessa quinta-feira (13) com R$ 64 milhões em cocaína era terceirizada, segundo informado pelos Correios na tarde desta sexta-feira (14). Em nota, a instituição afirmou que será feita uma apuração junto à empresa responsável.

Ainda conforme informado pelos Correios, ainda não foi feita nenhuma comunicação formal sobre a ocorrência ou sobre a empresa que presta serviços à estatal. Além disso, informaram a existência de uma parceria com os órgãos de segurança pública para colaborar com as investigações.

Confira a nota na íntegra:

Assim que tomaram conhecimento dos fatos, os Correios iniciaram os procedimentos para apuração junto à empresa terceirizada, para análise e, se for o caso, a aplicação de medidas cabíveis. Até o momento os Correios não receberam comunicação formal sobre a ocorrência ou sobre a empresa terceirizada que presta serviços de transporte à estatal. Os Correios mantêm parceria com os órgãos da Força de Segurança Pública e, dessa forma, estão sempre à disposição para colaborar com as investigações.

Drogas estavam em caixas de isopor

Por volta das 19 horas, a Força Tática da 10ª CIPM solicitou apoio de equipes do Batalhão de Choque para abordar um veículo que havia acabado de descarregar um grande volume de material que, segundo informações anônimas, seria de entorpecente. 

De acordo com a polícia, ao chegarem ao endereço informado, um veículo UP já havia descarregado o material e saído. Foram realizadas buscas pela região, porém não foi encontrado.

Os agentes então entraram no local onde localizaram grande quantidade de drogas, sendo 819 quilos de cloridrato de cocaína e 20 quilos de skunk. Toda a droga estava escondida em caixas de isopor. Não houve prisão.  

Apreensão feita pela Polícia Militar (Foto: Divulgação/PMMS)

Galpão era alugado para uma empresa de Sedex

A empresa de entregas que antes funcionava na Avenida Ernesto Geisel mudou-se para o galpão há três meses. No local, não ficavam mercadorias guardadas e sim era usado para a guarda de caminhões e troca de pneus para a realização de entregas. 

Comerciantes ao lado do galpão relataram ao Jornal Midiamax que nunca viram movimentação estranha, e que só uma mulher trabalhava todos os dias no local, que abria às 8 horas e fechava às 18 horas.

Agentes de fiscalização da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) foram até o local, na manhã de sexta, para fazerem fiscalização de produtos agrícolas quando souberam que no galpão não funcionava mais a empresa que tinha alugado o espaço para o Sedex. 

Jornal Midiamax tentou contato com o dono da empresa, mas não conseguimos resposta até a publicação da matéria. Também tentamos contato com o advogado, mas sem retorno. O jornal está com espaço aberto para futuras manifestações.