Um celular foi encontrado na cela do Presídio Militar, em Campo Grande, onde está encarcerado o policial reformado José Roberto de Souza, acusado do assassinato do empresário Antônio Caetano, de 67 anos, no Procon no dia 13 de fevereiro deste ano, durante uma audiência de conciliação.

O aparelho foi encontrado durante uma revista na cela 13, destinada ao policial reformado, em outubro. No dia da revista ainda foram encontradas uma garrafa de vidro e uma capinha de celular antiga, nos fundos da cozinha comunitária. 

O policial reformado não assumiu ser dono do celular, que estava bloqueado, mas com acesso a informações de emergência que ao serem consultadas dava acesso a informações médicas que era do perfil do policial reformado. 

No dia 1º de novembro, o diretor do presídio afirmou após a descoberta do celular que providências estavam sendo tomadas, como o envio do aparelho para a perícia, além da instauração de procedimento administrativo. 

Em março deste ano, José Roberto foi denunciado pelo (Ministério Público Estadual). O policial foi denunciado pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil, com recurso que dificultou a defesa da vítima maior de 60 anos de idade e porte ilegal de arma de fogo. 

Discussão e deboche

No dia da prisão do policial, a defesa alegou que ele agiu mediante violenta emoção, após ter outras discussões com o empresário Antônio Caetano, de 67 anos. Conforme o advogado José Roberto da Rosa, o militar reformado firmou um acordo com Caetano, para um serviço na SW4 dele. Assim, Caetano prestaria o serviço de retífica do motor do veículo.

O valor teria ficado em R$ 30 mil, mas ainda conforme a defesa, Caetano teria apresentado uma nota fiscal de R$ 22 mil. A partir daí começaram os problemas com José de Souza.

O caso acabou precisando ser levado ao , onde houve uma primeira audiência de conciliação, no dia 10 de fevereiro. Assim, Caetano se comprometeu a levar a nota fiscal no valor correto no dia 13.

No entanto, segundo o advogado, o empresário teria levado novamente a nota no valor de R$ 22 mil. Além disso, cobrava os R$ 630 de duas trocas de óleo feitas na SW4 do policial reformado.

PM reformado por problemas psicológicos

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax na época, o militar foi para a reserva remunerada em 2011, sendo reformado já em 2015. Isso teria ocorrido por problemas psicológicos, no entanto, não foram especificados quais seriam esses problemas.

Ele estava com registro da arma vencido há 8 anos, segundo informações do inquérito policial. Delegado responsável pelo caso, Antônio Ribas, da 1ª Delegacia de Polícia Civil, anexou ao inquérito consultas ao sistema Infoseg/DPF/Sinarm. O ofício detalha que José Roberto tinha em seu nome uma arma com o mesmo calibre da usada no crime, mas que estava com o registro vencido.

De acordo com o inquérito, o registro da arma de José estava vencido desde o dia 9 de março de 2015, o que, segundo o inquérito, sugere que seria a arma usada no assassinato do empresário.