Um cadeirante, de 73 anos, procurou a delegacia nesta segunda-feira (3) para denunciar um empresário de 81 anos, dono de um motel, por atropelamento e por não cumprir com “combinado” de arcar com os prejuízos do acidente. O motorista nega as acusações.
Conforme o boletim de ocorrência, o acidente ocorreu na tarde de terça-feira (28), no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande. O cadeirante contou que o motorista estava na contramão quando atingiu sua cadeira de rodas, onde estava seu material de venda, que são produtos de cosméticos.
Disse ainda que com a batida, vários produtos foram danificados e quebrados e que teve um prejuízo de R$ 300. Não sofreu lesões, nem sua cadeira de rodas foi danificada. Na ocasião, segundo o idoso, o motorista pediu para que não chamasse a polícia e que seria responsável pelos danos financeiros, mas depois não conseguiu mais contato com o empresário.
Em contrapartida, o motorista foi ouvido pelo Jornal Midiamax e negou os fatos. Segundo ele, não houve acidente. No dia, ele seguia devagar pela via e parou na esquina para virar à esquerda, quando o cadeirante apareceu e encostou em seu veículo. Ele até questionou o que o senhor queria, e ao descer do veículo, o cadeirante teria dito que um vidro de perfume foi quebrado.
“Acredito até que o vidro já estivesse quebrado antes, mas fiquei com pena, abracei ele e dei R$ 50 reais pelo vidro, mas disse que se fosse mais caro, que ele podia me procurar no local de trabalho para que eu pudesse ajudá-lo. Ele então passou a pedir R$ 500, depois R$ 300”, alega o motorista.
O condutor ainda reafirma que não houve acidente. “Não estraguei nada dele. Eu estava parado. Eu agi de boa-fé com ele, mas ele não. Está querendo tirar dinheiro de mim. Jamais vou fazer um negócio desse [atropelar], ainda mais um cadeirante e largar ele lá. Ele está usando isso pra arrancar dinheiro. Colocou até na internet”, contou.
