O mês de outubro terá 11 julgamentos de casos como feminicídio, tentativa de homicídio e assassinato. As sessões têm início às 8 horas e são abertas ao público. Entre os júris deste mês há casos que tiveram grande repercussão como o feminicídio de Maria Graziele Elias de Souza.

O autor e ex-marido, Lucas Pergentino Câmara, vai a julgamento no dia 17. O crime aconteceu no dia 14 de abril de 2020 no bairro Parque do Lageado. 

O casal conviveu por 8 anos, mas estava separado havia 1 mês. Segundo a denúncia, ele tentava incessantemente reatar o casamento e era extremamente ciumento e possessivo, inclusive, monitorava as redes sociais da vítima.

No dia do crime, ele a buscou no serviço e seguiram para a casa, pois era aniversário do réu. Lá tiveram relações sexuais e permaneceram conversando. Ele fazia carinho próximo do pescoço da vítima e ela o repeliu confessando que tinha medo que ele a matasse, momento em que ele teria dito: “Então vou te matar”. Em seguida, aplicou golpe de mata leão segurando as mãos para baixo, deixando-a de bruços na cama e rosto no travesseiro. Depois, se vestiu e foi até a casa da mãe da vítima dizendo que a encontraria no local. Momentos depois voltou para casa, vestiu a mulher, colocou no carro e desovou o corpo na , no fim da Avenida Narsi Siufi.

No dia 10, os irmãos Henrique Dornelis de Almeida e Alvin Dornelis Arce mataram Júlio César da Silva e tentaram matar o amigo da vítima, Rodolfo Antonio Martins, quando a vítima foi até a casa da mãe dos autores cobrar dívida de produtos que havia deixado para ela vender. O crime aconteceu no dia 19 de março de 2022 no bairro São Conrado. 

Os filhos mandaram a vítima retornar às 16h, quando foi surpreendida pelos irmãos e uma terceira pessoa, todos armados com arma de fogo e facão. Júlio foi atingido no pescoço, chegou a dirigir para tentar fugir, mas morreu no volante e bateu o carro em um morro de areia. Os outros dois colegas que estavam com Júlio tiveram de se esconder dos autores.

No dia 18, ocorre o julgamento de Fabiano de Souza, também conhecido como ‘Negão', que tentou matar Alexandre Pimenta Osório em outubro de 2016 no bairro Estrela Park. Consta na denúncia que Alexandre era comparsa do autor de outros crimes quando era adolescente e o autor não aceitou assumir sozinho a prática de alguns deles. Por vingança se aproximou da vítima e efetuou disparos de arma de fogo quando Alexandre se despedia de sua mãe.

Autor e vítima estão atualmente presos. 

Célio Aparecido da Silva Santos e Eduardo Ferreira vão a júri no dia 24 por matar Fabio Aparecido da Silva de Oliveira em maio de 2022 a facadas no Cetremi (Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante e População de Rua). O crime aconteceu após uma briga da vítima que tinha ingerido bebidas alcoólicas e passou a incomodar a todos no local, inclusive, os autores. Quando estavam na fila da alimentação, um dos autores segurou Fábio e o comparsa o esfaqueou três vezes no abdômen. 

Dia 25, Wellyngton da Silva Souza será julgado por matar Clenerson Souza Lima em dezembro de 2022, no bairro Mata do Jacinto, na Rua Jamil Basmage. O crime foi motivado por discussão entre os dois enquanto ingeriam bebida alcoólica. A vítima teria proferido ofensas contra a família do autor. Wellyngton se escondeu atrás de um carro estacionado aguardando a passagem da vítima e o matou mediante emboscada.

Douglas Bronze Camargo vai a julgamento no dia 27. Ele matou Wander de Oliveira no dia 5 de outubro de 2019 no bairro Campo Nobre. 

Autor, vítima e outros amigos estavam na área de do condomínio quando iniciaram discussão. O réu foi até seu apartamento, trocou a bermuda e pegou uma arma de fogo. Ele seguiu até a vítima e fez três disparos na cabeça e ombro. Wander morreu no local. Com a vítima caída no chão, o autor ainda deu coronhadas e chutes.

O último julgamento do mês será no dia 31. Jheimilson Quirino da Silva tentou matar Paulo Henrique Brito em novembro de 2019 no Morenão. 

No ano anterior, a vítima adquiriu uma motocicleta do autor e entregou a sua assumindo as parcelas do veículo do réu. O autor se arrependeu do negócio e tentou negociação para devolver, mas a vítima havia feito melhorias no veículo e se negou a devolver. O réu então restringiu acesso à senha do consórcio impedindo a vítima a pagar e a motocicleta acabou apreendida.

No dia seguinte à apreensão, o autor retirou a motocicleta e ficou com as duas.

A conversou sobre o caso, mas não chegaram a um acordo, quando Paulo se distanciou, o réu desceu do veículo e atirou na coxa da vítima que caiu e depois foi atingida por mais três tiros, que o deixaram paraplégico.