Imagens de câmera de segurança mostra momento em que um HB20, de cor branca, para e o passageiro desce em direção a Jheferson Luiz Nogueira da Paixão, morto a tiros no portão da casa da ex-namorada, no Mata do Jacinto.

Há pouca visibilidade no vídeo por conta da distância da câmera e o portão da residência, mas é possível notar que o veículo passa pela rua às 23h32, o carro para e uma pessoa desde do banco do passageiro.

A ação dura cerca de um minuto. O passageiro retorna e o carro sai em disparada pela rua. O horário se assemelha ao tempo em que a ex relatou à polícia.

Crime

A ex relatou aos policiais que Jheferson estava a ameaçando há dias, inclusive, possuía medida protetiva contra ele. Quando, por volta das 23h40, ele foi até o portão novamente, ouviu um veículo chegar e em seguida um barulho forte, os disparos.

Quando saiu para verificar o que havia acontecido, viu o homem imóvel e ensanguentado. Ela acionou o Corpo de Bombeiros e a PM, mas ele já estava sem vida.

O óbito foi constatado pela equipe de socorro. Não foi informado onde e quantos tiros foram atingidos na vítima. Por enquanto, não foi relatado suspeitos do crime, que está sendo investigado por homicídio simples.

Passado violento

Sem querer se identificar, a jovem relata que o namoro foi rápido e o conheceu pelo Facebook, enquanto ele estava preso. Assim que foi solto, as agressões e ameaças passaram a ser constantes. Ela tentava sair do relacionamento, mas Jheferson estaria ameaçando a família.

“Em três meses, ele me batia, puxava a faca, fala ‘vou te matar, te judiar’. Eu tinha muito medo, ele falava que iria botar fogo na minha casa, que ia dar um tiro na minha cara. Tenho todos os prints de todas as conversas”.

A moça afirma que tentou se afastar, depois da primeira agressão, procurou a polícia e registrou um boletim de ocorrência, mas Jheferson teria insistido que iria melhorar, então a primeira queixa foi retirada.

“Na última agressão pediu para retirar [queixa], mas não retirei. Ele não podia chegar a 300 metros de mim. Eu tinha bloqueado ele, mas ele comprou outro chip. Me disse que ia acabar com tudo”.

Inimizades e ameaças

A ex esclarece que Jheferson estaria sendo perseguido e ameaçado de morte de inimizades do bairro Zé Pereira. Pelo site do Tribunal de Justiça, ele respondia por crimes de roubo e de tentativa de homicídio, contra o padrasto.

“Tentaram matar ele, ele tem muito inimigo lá. Ele me contou que matou o primo do cara que estava atrás dele, há três anos. Ele falava que já tinha matado nove pessoas e tentativa sete. Falava ‘não tenho medo de polícia, acha que vou ter medo da [lei] Maria da Penha? Eu te mato’. Por isso eu tinha muito medo dele”.