Sargento condenado na Máfia dos Cigarreiros é excluído da polícia em Mato Grosso do Sul

Em maio deste ano, sargento foi reformado por incapacidade moral definitiva

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Sargento foi alvo por ligação com Máfia dos Cigarreiros. Foto: Arquivo

Foi excluído da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, o sargento Ricardo Campos de Figueiredo, condenado na Máfia dos Cigarreiros. Ele havia sido reformado em maio deste ano, por incapacidade moral definitiva.

A exclusão do sargento foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (11). Ricardo foi excluído ‘ex officio’ por decisão judicial dos Quadros da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, em cumprimento à decisão proferida, em 4 de novembro deste ano.

A decisão foi assinada pelo Comandante-geral da PMMS, Marcos Paulo Gimenez. 

Reformado por incapacidade

Em maio deste ano, uma portaria publicada aposentava por incapacidade definitiva Ricardo.

O sargento foi reformado com proventos equivalentes ao salário que recebia enquanto policial. De acordo com o Portal da Transparência na época da decisão, ele recebeu em abril R$ 7.223,61 com as deduções obrigatórias. Foi considerado incapaz por parecer da junta médica da Polícia Militar.

Prisão na Operação Oiketicus

Ricardo atuou como segurança na Governadoria, e foi condenado a 18 anos, 10 meses e 11 dias de prisão pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por estar envolvido na Máfia dos Cigarreiros, quando foi preso durante a Operação Oiketicus.

A operação, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em 2018, apurou delitos praticados por policiais militares ligados a contrabandistas. Ricardo foi apontado como líder do grupo que dava suporte à máfia. Ao todo, 29 policiais, entre praças e oficiais, foram presos.

As investigações apontaram que militares interferiam na fiscalização de caminhões de cigarros para que não ocorressem apreensões de cargas e veículos, além de adotarem outras providências para o êxito do esquema. Consta na denúncia do Gaeco que os cigarreiros agiam associados desde o início de 2015, estruturalmente ordenados e com divisão de tarefas.

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