PM preso por ameaçar colegas de farda é liberado e não vai poder usar armas de fogo
Ele deve entregar as armas sob pena de ser preso novamente
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Detido em flagrante na madrugada do último sábado (19), policial militar que teria ameaçado os colegas de farda com a arma de uso funcional foi posto em liberdade. No entanto, ele teve o porte de arma de fogo suspenso e também não poderá se aproximar da mulher, que vive em Sonora, a 351 quilômetros de Campo Grande.
A decisão é do juiz Rafael Gustavo Mateucci Cassia, da Comarca de Rio Verde de Mato Grosso. Foi determinada pelo magistrado a liberdade provisória do policial, com imposição de medidas cautelares. O PM deve comparecer mensalmente em Juízo, também está proibido de se aproximar da vítima ou da residência dela em distância inferior a 300 metros.
Além disso, teve suspenso o porte de arma de fogo, tanto a acautelada pela Polícia Militar quanto particulares. Ele deve entregar demais armas que possua ao comandante da lotação, sob pena de decretação da prisão preventiva. Junto com a decisão foi expedido alvará de soltura, que foi cumprido.
Preso por ameaças
No auto de prisão em flagrante, assinado pelo capitão Carlos Augusto Somei Arashiro, consta que “restou claro a prática dos crimes militares previstos nos artigos 177, 299 e 301 do Código Penal Militar”, que são resistência mediante ameaça ou violência, ameaça e desacato a militar. O flagrante foi encaminhado para a Corregedoria da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul).
A Polícia Militar foi acionada na madrugada do sábado após informação de que o militar teria ameaçado a esposa. Quando a equipe chegou, o suspeito estava de bermuda, com a arma de fogo na cintura, uma pistola. O PM fez ameaças contra os colegas de farda, dizendo que ninguém entraria na casa e que ele atiraria.
Depois, ainda chamou um dos policiais de vagabundo, quando sacou a arma. O suspeito foi contido ao partir para cima dos policiais, dando chutes. Ele precisou ser algemado e foi encaminhado para a delegacia do município. A arma, uma pistola municiada, em pronto emprego, foi apreendida.
Na delegacia, ele alegou que teve discussões com a esposa, mas nega que ameaçou atirar. Uma testemunha do caso relatou ao Jornal Midiamax que não presenciou ameaças à mulher, mas confirmou que o policial ameaçou os colegas de farda.
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