Nesta quarta-feira (18), foi publicada no a exclusão de João Nereu Nobre do efetivo inativo da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul). Ele foi condenado pelo assassinato do segurança Isaías da Silva Farias, de 30 anos, a cumprir 23 anos de prisão.

A publicação é assinada pelo comandante geral da PMMS, coronel Marcos Paulo Giemenez. João foi condenado em 2019 pelo crime que cometeu em 2014. Nereu responde por homicídio qualificado por motivo torpe, duas tentativas de homicídio qualificadas por motivo torpe e injúria racial.

Os crimes aconteceram em 15 de abril de 2014, em um bar no Colibri, onde Isaías estava com os irmãos. Nereu chegou ao local embriagado, parou sua moto sobre a calçada e se negou a tirar o veículo, mesmo após pedido da proprietária. Em seguida, em tom irônico, pediu para usar o banheiro e saiu reclamando das instalações, provocando clientes.

Ele se dirigiu às vítimas chamando-as de “pretos sem inteligência”, mas mesmo assim os rapazes tentaram evitar confusão, mas Isaías não. Ele se ofendeu e empurrou Nereu. O policial aposentado saiu do local e voltou armado logo em seguida, disparando contra eles. Isaías foi atingido e não resistiu, enquanto os irmãos fugiram.

Assassinato de um ‘herói'

Na época dos fatos, o Jornal Midiamax acompanhou o velório de Isaías. “Meu pai estava de colete vó?”. “Se papai estivesse de colete, ele estaria vivo hoje, né? Ele é um herói”, foram as falas da filha mais velha de Isaías, uma menina de 10 anos.

“Ela chora muito e sente a perda do pai, ela sabe o que está acontecendo e ele era carinhoso e presente com todos os filhos”, contou no dia a avó da garota. “Já os outros dois filhos dele ainda não entendem porque o pai foi embora, eles sentem muita falta, pois era quem levava na escola, buscava e sempre dava um jeito de ficar com eles”, revelou.