“Se papai estivesse de colete, ele estaria vivo”, diz filha de segurança morto por crime racial

A filha mais velha do pedreiro e segurança, Isaías da Silva Farias, de 30 anos, que tem apenas 10 anos, sofre com a perda do pai. A menina teve a identificação preservada. No velório, a menina viu Isaías no caixão com o fardamento de segurança e questionou a avó. “Meu pai estava de colete vó?”, […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

A filha mais velha do pedreiro e segurança, Isaías da Silva Farias, de 30 anos, que tem apenas 10 anos, sofre com a perda do pai. A menina teve a identificação preservada. No velório, a menina viu Isaías no caixão com o fardamento de segurança e questionou a avó. “Meu pai estava de colete vó?”, com a negação, ela continuou, “se papai estivesse de colete, ele estaria vivo hoje, né? Ele é um herói”. 

A menina ainda está abalada. “Ela chora muito e sente a perda do pai, ela sabe o que está acontecendo e ele era carinhoso e presente com todos os filhos”, conta Cleonice Rocha da Silva, de 51 anos, avó da garota. 
“Já os outros dois filhos dele ainda não entende porque o pai foi embora, eles sentem muita falta, pois era o meu que os levava na escola, buscava e sempre dava um jeito de ficar com eles”, revela Cleonice. 
“Estes dias minha nora foi no posto de saúde com o caçulinha de 2 anos e na hora de ir embora, ele disse pra ela ‘mamãe, o papai vem buscar a gente’, isso é de cortar o coração. E como explicar isso para uma criança?”, questiona.

Conteúdos relacionados