Pai de menina que foi estuprada e morta em pedreira é encontrado morto no mesmo local

Há suspeita de que um dos filhos seja o autor do assassinato do idoso

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Vítima foi encontrada morta – Foto: Sidney Lemos

Alonso Cabreira, de 89 anos, foi encontrado morto na tarde desta quarta-feira (30) em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande. O corpo estava na pedreira da aldeia Bororó, mesmo local onde a filha dele, Raíssa da Silva Cabreira, foi encontrada morta no ano passado.

Conforme as primeiras informações, Alonso estava desaparecido desde segunda-feira (28). Ele teria almoçado na casa do filho naquele dia e o rapaz é apontado como principal suspeito do assassinato.

No corpo do idoso foram identificadas facadas na cabeça e cortes no rosto. Alonso é pai de Raíssa da Silva Cabreira, de 11 anos, que foi estuprada e assassinada brutalmente na mesma pedreira.

O tio da menina foi preso na época e encontrado morto no Presídio Estadual de Dourados dias depois.

Raíssa foi morta na pedreira

A menina não morava com a mãe e o tio estava dormindo, bêbado, quando ela foi arrastada por adolescentes, também apreendidos, por volta das 22 horas do dia 8 de agosto de 2021.

Até o horário que indígenas da Aldeia Bororó encontraram o corpo dela, caído de um paredão de 20 metros, passaram-se cerca de 8 horas.

Ainda conforme a Polícia Civil, o tio foi procurar Raíssa porque ela não estava em casa. Dois dos três adolescentes apreendidos levaram a menina de casa, à força.

“Ao que se sabe ela estava gritando e pedindo ajuda. O tio chegou ao local quando tudo já estava ocorrendo”, afirmou o delegado Erasmo Cubas, então do SIG (Setor de Investigações Gerais) de Dourados.

Além do tio e dos adolescentes, Leandro Pinosa, de 20 anos, foi preso. O tio, que já abusava da menina desde os 5 anos dela, flagrou o momento em que os quatro acusados do crime estupravam a menina.

Ele acabou participando da sessão de estupro contra a sobrinha que havia sido arrastada para o local pelos autores, que planejaram o crime de estupro.

Ainda de acordo com o delegado, os acusados embebedaram a criança para continuar a cometer os abusos. Quando ela recobrou a consciência e tentou se desvencilhar dos autores, foi arrastada para a beirada da pedreira.

A menina teve os braços quebrados quando tentava se defender e foi jogada viva de uma altura de 20 metros. Três adolescentes, o jovem e o tio da criança foram detidos e levados para a delegacia.

Quando o tio foi questionado sobre os motivos que o levaram a cometer o crime, ele disse que estava bêbado. O laudo do exame feito na vítima constatou o estupro. Ela tinha lacerações nos órgãos genitais.

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