Uma ação da Polícia Federal denominada ‘Ceuci Mirim’ investiga uma organização criminosa que atua na fronteira entre Brasil e Paraguai, que faz recrutamento e tráfico de indígenas para trabalhar em lavouras de produção de maconha de diversas cidades de Mato Grosso do Sul.

Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, sendo três em Paranhos, dois em Aral Moreira, e em Tacuru, Amambai e Antônio João. A ação contou com a colaboração da Funai (Fundação Nacional do Índio) de Ponta Porã e região.

Os indígenas, segundo informações da Polícia Federal, são ‘contratados’ em aldeias indígenas de Paranhos, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Amambai, Antônio João, dentre outras, em condições análogas à escravidão. As fazendas em sua maior parte estão localizadas no Departamento de Amambay, do lado paraguaio.

As apurações sobre a organização criminosa foram realizadas por uma Equipe Conjunta de Investigação Brasil – Paraguai, formada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal, Fiscalia do Paraguai e Polícia Nacional do Paraguai.

Ainda de acordo com a PF, os crimes se consumiam, em sua maioria, já em território estrangeiro (Paraguai), o que representa empecilho de ordem territorial para o avanço das investigações em território nacional, o cumprimento das medidas de busca e apreensão tem por finalidade angariar provas da prática do crime de tráfico de pessoas.