Depois de 19 horas de julgamento, 9 dos 10 membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), denunciados pelo assassinato de Lailla Cristine de Arruda, foram sentenciados a 257 anos de prisão, considerando a soma das sentenças.

O resultado do julgamento foi anunciado na tarde desta terça-feira (26) e todos os envolvidos de alguma forma na morte da jovem foram condenados.

Rodrigo França, dono do gol preto, que teria dado carona até o rio, foi condenado a 25 anos de reclusão e pagamento de 10 dias-multa. Já Alexandro Silva Santos, primo de Rodrigo, que estava no veículo quando a vítima foi levada para morrer, foi condenado a 26 anos de reclusão e pagamento de 10 dias-multa.

Uanderson Ferreira Ananias, que teria ficado com o celular da vítima, pegou uma pena de 34 anos e 4 meses de reclusão e pagamento de 10 dias-multa. Gelson foi condenado a 34 anos e 4 meses de reclusão e pagamento de 10 dias-multa. Já o dono de uma das residências onde Lailla teria sido sentenciada à morte, Odimar dos Santos, foi condenado a 26 anos de reclusão e pagamento de 10 dias-multa.

O acusado Victor Hugo Lopes da Cruz, que negou envolvimento no crime, pegou uma pena de 24 anos de reclusão e pagamento de 10 dias-multa. Outro condenado foi João Paulo, que foi absolvido do delito em relação ao adolescente Adriano, mas pegou uma pena de 28 anos e 8 meses de reclusão e pagamento de 10 dias-multa.

Maycon Douglas Gonçalves da Silva, que teria dito que conhecia todos “de vista”, apenas de jogar bola e em festas na cidade, foi condenado a 25 anos de reclusão e pagamento de 10 dias-multa. Matheus do Nascimento Silva, vulgo “Cuiabano”, que estaria na outra casa onde houve o julgamento de Lailla, foi condenado a 34 anos e 4 meses de reclusão e pagamento de 10 dias-multa.

Todos foram condenados por homicídio triplamente qualificado, organização criminosa e corrupção de menores. As penas são em regime fechado. Uma mulher não foi julgada, pois o advogado não compareceu, alegando problemas de saúde.

O Caso

A jovem Lailla Cristine de Arruda, de 19 anos, foi decapitada e teve o corpo localizado em uma plantação de cana-de-açúcar, na cidade de Sonora, a 351 quilômetros da Capital, em junho de 2018. Ela passou pelo da facção por fazer parte do Comando Vermelho.

Na época do crime, foram presos os membros do PCC: Uanderson Ferreira Ananias, de 25 anos, conhecido como ‘Jamaica'; Odimar dos Santos, 23 anos, conhecido como ‘Piloto'; Victor Hugo Lopes da Cruz, 18; Valdina Souza da Silva, 18; João Paulo da Silva, 22, conhecido como ‘JP'; Maycon Douglas Almeida, conhecido como ‘Maicola'; e Matheus do Nascimento, 22, conhecido como ‘Cuiabano'. Também foi apreendido um adolescente de 16 anos.

Tribunal do crime do PCC

A jovem foi ‘julgada' em um quarto que fica nos fundos de um lava-jato. Ela teria sido atraída até o local pelo ex-namorado, Victor Vinícius, e por Vitória Valdina. O grupo irá responder por associação criminosa e homicídio triplamente qualificado. A jovem já estava sendo ameaçada por facção de por ter ligação com outra facção rival atuando em Mato Grosso.