Presos na tarde de sábado (29) pela morte de Vitória Caroline de Oliveira Honorato, de 15 anos, três homens foram autuados em flagrante pela ocultação de cadáver e responderão também pelo feminicídio. Sem velório, a jovem foi sepultada ainda na noite de sábado, em Ivinhema, a 291 quilômetros de Campo Grande.

Conforme as informações da Polícia Civil os três homens foram autuados em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver, que tem pena de 1 a 3 anos. Eles também responderão pelo feminicídio, cuja pena vai de 12 a 30 anos de reclusão. Dois deles negaram participação no crime, enquanto o de 39 anos confessou.

O Jornal Midiamax apurou que foram presos o namorado de Vitória, Lucas da Silva Cordeiro, 23 anos, o vizinho Nilton Fernandes de Souza, 39 anos (contra quem havia mandado de prisão temporária), e ainda José Antônio dos Santos, de 60 anos. Os três envolvidos devem passar por audiência de custódia.

Nilton era vizinho de Vitória Caroline e segundo testemunhas viu a jovem crescer. Ainda conforme relato de moradores de Ivinhema, um dos presos teria inclusive participado das buscas pela jovem. Após notícia do desaparecimento, Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, além de vários amigos e familiares fizeram buscas pela adolescente.

Detido, o vizinho chegou a confessar participação no crime, alegando que ajudou na ocultação de cadáver. Ele ainda disse que o namorado teria matado a vítima por esganadura, por ciúmes. Ele também alegou que foi obrigado, junto com José, a ocultar o cadáver. Já os outros dois envolvidos negaram participação no crime.

A partir de um objeto com o cheiro da vítima, a cadela Laika, do Canil do Corpo de Bombeiros de Campo Grande, apontou a residência abandonada. A casa foi apontada como o local onde Vitória foi assassinada. Depois, segundo depoimento de Nilton, ele e os outros dois acusados se revezaram, levando a vítima até um brejo, onde o corpo foi encontrado.

O corpo da vítima foi encontrado já em avançado estado de decomposição, por conta da data da morte e também das condições climáticas. Apesar da suspeita de morte por esganadura, é aguardado laudo necroscópico. Também é investigado se a vítima sofreu alguma violência sexual.