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Polícia

Com várias execuções registradas, Campo Grande já teve 61 assassinatos neste ano

Mesmo período no ano anterior teve 7 casos a menos
Renata Portela - Publicado em
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Foto: Henrique Arakaki/Midiamax

Os primeiros 170 dias de 2022 registraram 61 assassinatos em Campo Grande, num total de 218 homicídios dolosos em Mato Grosso do Sul. Os dados são da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e retratam um aumento de casos se comparado ao mesmo período de 2021, em um ano com vários registros de execuções.

Conforme os registros de estatística da Sejusp, até o dia 18 de junho de 2022 foram registrados 61 homicídios dolosos em Campo Grande, contra 44 no mesmo período de 2021. Já no Estado, foram 185 até o dia 31 de maio, enquanto em 2021 foram registrados 173 assassinatos. De 1º de janeiro até este dia 9 de junho, Mato Grosso do Sul já teve 196 homicídios cometidos com dolo.

Execuções marcam ano em Campo Grande
Reprodução – Sejusp

Em todo ano de 2021, foram registrados 434 assassinatos no Estado. Já tentativas de homicídio foram 262 até junho deste ano, das quais 75 em Campo Grande. Janeiro foi o mês com mais assassinatos na cidade, 15 ao todo. Em todo ano de 2021, foram 595 tentativas de homicídio registradas em Mato Grosso do Sul, 177 delas na Capital.

Também há casos de lesão corporal seguida de morte. Em 2021, dois casos foram registrados em Campo Grande e, neste ano de 2022, ainda não há registros. Já no Estado, foram 11 casos no ano passado. Seguindo os dados de mortes violentas, os primeiros 5 meses de 2021 registraram 7 latrocínios — roubos seguidos de mortes.

Ao todo, no ano passado foram 13 latrocínios no Estado, sendo 5 em Campo Grande. Neste ano de 2022, já foram registrados 4 latrocínios na Capital, num total de 7 em todo Estado.

Execuções em Campo Grande

O primeiro dia do ano, um sábado, foi marcado pela execução de Renner dos Santos Aquino, de 26 anos, morto com vários tiros na cabeça enquanto pegava carona com uma família no Nova Lima. Ele estava dentro do carro, onde também havia uma criança, quando o atirador o surpreendeu, em uma motocicleta.

Gleisson Rogers Araújo da Silveira, de 28 anos, acabou preso pelo assassinato dias depois e confessou o crime, alegando que foi ameaçado por Renner. Ainda no mês de janeiro, Elieser Romero, de 27 anos, foi executado também no Nova Lima, por dois homens em uma motocicleta.

Já no dia 8 de abril, Everton Alexandre Farinha dos Santos, de 33 anos, foi executado no Jardim das Macaúbas. Os assassinos estavam em um Gol e o motorista atropelando uma pedestre e capotou o carro na calçada durante a execução. Na fuga, os bandidos ainda roubaram outro carro e novamente sofreram acidente.

Os criminosos foram identificados e o crime teria motivação passional. Também é apurada motivação passional na morte de Luiz da Conceição Tierre, 36 anos, dono de um lava-jato assassinado no dia 27 de maio, na Avenida das Bandeiras. Adriano Medeiro Pereira, de 33 anos, acabou morrendo vítima de bala perdida durante a execução.

No dia 21 de maio, Rikelmy Lorran Figueiredo, de 22 anos, foi executado após postar foto com uma mulher nas redes sociais. O crime foi encomendado por um detento, com quem a mulher teve um relacionamento breve, e cometido por dois rapazes. Os autores chegaram a se apresentar na delegacia e negaram o crime, mas depois acabaram presos.

Casos mais recentes, Rafael Costa Soares Silveira, de 21 anos, e Pedro Henrique Ferreira da Silva, de 20 anos, foram executados a tiros na Nhanhá, na madrugada e na noite do dia 6 de junho. Há suspeita de que Rafael tenha sido morto por engano, no lugar de Pedro, mas os casos são investigados.

Quatro rapazes foram presos por suspeita de envolvimento no crime, mas negaram participação.

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