A polícia foi acionada após entrega de medicamentos ilegais no na noite desta quarta-feira (7), em . A foi acionada no momento da entrega e o caso foi encaminhado à sede da Polícia Federal.

O caso acontece no mesmo dia em que o Gaeco (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) realizaram operação contra organização criminosa que fazia compras fraudulentas para desviar dinheiro público. Os produtos teriam como destino o Hospital Regional, em Campo Grande.

No início da noite desta quarta, o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, recebeu uma carga de 280 frascos de Iopamiron 300, da empresa Promercantil. O medicamento é utilizado como contraste para exames e procedimentos cirúrgicos. Porém, a carga recebida estava com lotes e fabricação diferentes do contratado emergencialmente, e também não possuíam lacre e nem registro da Anvisa.

Ainda segundo o hospital, após verificação de toda documentação e constatação de que a medicação não era a mesma solicitada na compra, o medicamento ainda foi entregue sem o devido acondicionamento.

O presidente do HRMS, Viana de Oliveira Leite, que estava no Almoxarifado durante a entrega, acionou a Polícia Militar, que encaminhou o entregador e a carga para a Polícia Federal. “Infelizmente não poderemos usar os contrastes, pois se trata da mesma fabricante argentina que já havia sido apreendida pela polícia em Corumbá, e a Vigilância Estadual, bem como o Laboratório Oswaldo Cruz contraindicou a utilização devido à impossibilidade de garantia das condições de fabricação e transporte”, disse Livio Leite.

Operação

De acordo com o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em Itajaí (SC) e Campo Grande. Os investigados são suspeitos de associação criminosa, crimes de licitação, emissão de notas fiscais falsas, falsidade ideológica e peculato.

A operação teve como alvo organização criminosa que realizava compras fraudulentas para desviar dinheiro público. Os produtos teriam como destino o Hospital Regional, em Campo Grande.

Ao todo, já foi identificado prejuízo de mais de R$ 14 milhões nos últimos anos. Em um dos casos, foi feita compra de R$ 2,5 milhões em contraste. Esse produto duraria algo em torno de quatro anos, mas nunca foi entregue.