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Polícia

Acusado de matar ‘Fininho’ diz que o conheceu no presídio e nega ser do PCC

No dia do crime, Luan disse que foi até a casa onde acontecia um churrasco
Thatiana Melo, Danielle Errobidarte - Publicado em
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(Henrique Arakaki, Midiamax)

Luan Laftan da Silva de Queiroz foi a julgamento nesta quarta-feira (29), junto de Diego Alcumha Medina e Miguel Angelo Sanches Benites, pelo assassinato de Mauro Eder Araújo Pereira, em um tribunal do crime da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Em depoimento, Luan disse que conhecia ‘Fininho’ do presídio de trânsito onde ficou encarcerado com a vítima por tráfico de drogas. Ainda segundo Luan, no dia do crime, ele saiu do trabalho e junto de um amigo passou na casa onde estava Mauro, sendo convidado a entrar.

No local, estava acontecendo um churrasco. Ele bebeu cerveja e cheirou cocaína, que o deixou elétrico. Luan falou que ‘Fininho’ estava na residência, mas não o teria visto machucado, e que não viu nenhuma movimentação diferente que mostrasse que estava ocorrendo o tribunal do crime do PCC.

Em relação a ser membro de facção criminosa, Luan negou fazer parte do PCC. “Não tenho participação, nem tenho coragem de me envolver com facção. Sempre usei droga, mas sempre desfruto do meu trabalho, não preciso disso”, afirmou.

Ainda segundo Luan, ele ficou apenas cerca de 30 minutos na residência, indo embora em seguida. Em junho de 2019, Leonardo Caio dos Santos Costa, o ‘Corumbá’, foi a julgamento pelo crime, negando participar do assassinato.

Em 2018, foi a julgamento André Abner Correa de Andrade, conhecido como ‘gordinho’ que disse não ser integrante de facção criminosa e que teria assassinado Mauro Eder Araújo Pereira, de 31 anos, conhecido por ‘Fininho’, por causa, de uma dívida de drogas.

Denúncia e execução

Conforme a denúncia, Fininho foi sequestrado no dia 29 de maio de 2017 por membros do PCC, facção a qual ele pertenceria. Ele teria sido mantido em pelo menos cinco locais diferentes, em cárcere privado, durante seis dias. Neste período, Fininho foi interrogado e torturado pelos acusados, por supostamente trair a facção.

No dia 3 de junho, ele foi levado a um lugar nas proximidades do Clube Atlântico, nas margens da BR-262, onde foi executado após ser julgado e condenado pelo ‘Tribunal do Crime’. Leonardo é apontado como um dos envolvidos e que teria participado diretamente. Ele teria sido um dos que levou Fininho até o local da execução.

A execução de Fininho foi filmada e a irmã da vítima a reconheceu quando assistiu ao vídeo. O corpo do homem foi encontrado posteriormente e só foi constatado que era ele após conclusão dos exames, aproximadamente três meses depois.

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