Defesa alega falta de provas e pede que mulher de serial killer seja julgada só por ocultação de cadáver
A defesa de Roselaine Gonçalves Carvalho esposa do pedreiro, Cleber de Souza Carvalho, acusado de matar sete pessoas em Campo Grande, entrou com pedido de impronúncia para o crime de homicídio para a acusada alegando ‘falta de provas’ contra a ré. O pedido foi protocolado na última segunda-feira (25). Com o julgamento próximo de Cleber, […]
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A defesa de Roselaine Gonçalves Carvalho esposa do pedreiro, Cleber de Souza Carvalho, acusado de matar sete pessoas em Campo Grande, entrou com pedido de impronúncia para o crime de homicídio para a acusada alegando ‘falta de provas’ contra a ré. O pedido foi protocolado na última segunda-feira (25).
Com o julgamento próximo de Cleber, a defesa entrou com pedido para Roselaine seja julgada, apenas, por ocultação de cadáver e não pelos crimes de homicídio, como foi indiciada ainda com qualificadoras por motivo torpe e que dificultou a defesa da vítima.
Na peça, os advogados alegam que Roselaine nunca confessou o crime nem em sede policial ou em juízo. “Temos que a peça acusatória é genérica. Os fatos não foram individualizados, inexiste características sólidas do ocorrido, impedindo a ampla defesa e o contraditório, pois não expõe as circunstâncias da conduta da denunciada Roselaine para incorrer no crime em qual foi pronunciada, é desacompanhada pelos elementos mínimos exigíveis para amparar o pleito acusatório, razão pela qual deve ser imediatamente rejeitada a denúncia”.
Ainda na peça, a defesa diz que me nenhum momento tanto Cleber como Yasmin –filha de Roselaine- afirmaram que a mulher havia participado dos crimes, ou que sabia dos homicídios. Segundo os advogados a denúncia feita pelo MPMS (Ministério Público Estadual) foi baseada em fatos inexistentes.
Yasmin teve sua prisão revogada e passou por exames de insanidade mental. Yasmin teria sido diagnosticada com retardo mental de natureza grave, e que durante seu depoimento, ela teria ‘fantasiado’ situações. No pedido da defesa, foi afirmado que a jovem não oferece riscos a sociedade podendo responder o caso em liberdade.
Mortes em Campo Grande
José Jesus de Souza, de 44 anos, conhecido como Baiano, desaparecido desde fevereiro deste ano, teve o corpo encontrado no dia 15 de maio deste ano, durante a madrugada. Algumas horas depois, quem também teve o corpo encontrado após escavações foi Roberto Geraldo Clariano, de 48 anos, desaparecido desde junho de 2018, morto durante uma discussão no Recanto dos Pássaros.
Roberto teria sido contratado por Cleber para fazer um trabalho braçal, e durante a briga foi morto com golpe do cabo de uma picareta na cabeça. Ele então foi enterrado em um terreno no Recanto dos Pássaros.
No início da tarde do mesmo dia, o idoso o idoso Hélio Taira, de 73 anos, que estava desaparecido desde novembro de 2016, também foi localizado. Cleber fazia reforma em residência na Vila Planalto e, na ocasião, Hélio foi contratado para prestar um serviço de jardinagem, oportunidade em que se desentenderam.
O pedreiro então matou a vítima com pauladas, cavou buraco, enterrou o corpo e depois concretou o local, colocando piso. Por este motivo, o corpo não tinha sido encontrado até então.
Já Flávio Pereira Cece, de 34 anos, desaparecido desde 2015, era dono do imóvel onde foi encontrado enterrado no bairro Alto Sumaré, região da Vila Planalto. Ele era primo do serial killer Cleber, que segundo a polícia, matou o primo a pauladas o enterrou e vendeu a residência por R$ 50 mil com o corpo de Flávio enterrado.
Na noite do dia 15 foi encontrado o corpo de Claudionor Longo Xavier, de 48 anos, que saiu de casa no dia 16 abril, foi assassinado e teve a moto XTZ Crosser vendida pelo autor. O veículo foi localizado em residência na Rua Juventus, com outro primo de Cleber.
Na manhã do dia 16 de maio, Timotio Pontes Roman, de 62 anos, foi encontrado morto em um poço dentro de residência na Rua Urano, no bairro Vila Planalto. A primeira das vítimas a ser descoberta foi José Leonel, 61, que havia sido encontrado no dia 7 de maio, enterrado em um quintal na Vila Nasser.
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