No início da tarde desta quinta-feira (27), o coronel da reserva José Ivan de Almeida foi até a Unidade de Monitoramento Virtual, no Amambaí, e teve a tornozeleira eletrônica instalada. Preso em flagrante na quarta-feira (26) por extorsão, ele teve liberdade garantida na audiência de custódia, mediante aplicação de medidas cautelares como o monitoramento.

Conforme apurado pelo Midiamax, o coronel chegou por volta das 12h30 e saiu às 12h50. Ele foi levado em uma viatura descaracterizada e estava acompanhado de um policial militar. Equipes policiais também faziam rondas pela região durante a instalação da tornozeleira no coronel. Ele agora pode aguardar o andamento do processo em casa.

Além do coronel, também foram presos o policial civil aposentado Reginaldo Freires Rodrigues e o sobrinho de Fahd Jamil, Patrick Samuel Georges Issa, ‘dono' do dinheiro pelo qual os policiais faziam a cobrança. Todos tiveram liberdade garantida mediante aplicação das medidas cautelares. Eles não podem chegar a menos de 300 metros das vítimas e os dois policiais foram liberados com uso da tornozeleira.

Cobrança indevida

Ivan teria dito que receberia R$ 2 mil pela ‘cobrança', que seria o valor para pagar o condomínio onde mora, cujo custo é de R$ 1,5 mil. Na casa dele, a Polícia Civil encontrou mais de R$ 16 mil em espécie e também uma arma de fogo.

O coronel já teria cometido o crime de extorsão dias antes da prisão em flagrante. Ele e o comparsa Reginaldo foram presos na casa da vítima, flagrados pelas câmeras de segurança praticando a extorsão. Após aproximadamente um ano sendo ameaçadas, as vítimas levaram o caso ao (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e (Delegacia Especializada de Repressão a a Banco, Assaltos e Sequestros).

Um quarto envolvido no esquema de extorsão já foi identificado e deve ser preso nos próximos dias. José Ivan é aposentado e recebe mais de R$ 32 mil do Governo. Junto com o policial civil aposentado, ele integra o braço armado do esquema de extorsão agindo com ameaças e coagindo as vítimas há mais de um ano.

A princípio, os empresários teriam feito um negócio com Patrick e teria sido gerada a dívida de R$ 80 mil. As vítimas foram cobradas, pagaram R$ 150 mil e continuaram sendo extorquidas. Atualmente, Patrick estaria cobrando mais de R$ 300 mil dos empresários.

Durante a prisão do coronel, as equipes fizeram buscas na casa do militar, onde foi apreendido um revólver calibre 38. Na casa de Patrick também teriam sido apreendidas armas de fogo.