O ex-comandante da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) o coronel José Ivan de Almeida preso pelo crime de extorsão, nesta quarta-feira (26) por policiais do (Delegacia Especializada de Repressão a a Banco, Assaltos e Sequestros) ganhou a liberdade nesta quinta-feira (27) após passar por audiência de custódia. Ele estava detido no Presídio Militar da Capital.

Ele será monitorado por tornozeleira eletrônica, que deve ser colocada ainda nesta quinta (27). O coronel deverá manter distância de 300 metros das vítimas e não poderá manter contato com elas. Ele foi preso em um esquema de extorsão junto do policial civil aposentado Reginaldo Freires Rodrigues, nesta quarta (26), que também ganhou liberdade, com monitoração eletrônica e tambem deverá manter distância das vítimas de cerca de 300 metros.

Patrick também teve a liberdade garantida, sem monitoramento eletrônico, mas com proibião de manter contato com as vítimas e também se manter distante por 300 metros.

Segundo informações apuradas pelo Jornal Midiamax, Ivan havia dito que estava recebendo pela ‘cobrança' o valor de R$ 2 mil, e segundo relato do coronel, o valor seria para pagar o condomínio onde mora, de R$ 1.500. Conforme o apurado, o coronel já havia participado de uma outra extorsão a vítima dias antes e uma segunda tentativa de extorsão nesta quarta (26), quando foi preso em flagrante pelo crime.

A defesa do coronel, por sua vez informou, em contato com a reportagem, que refuta haver dívida do ex-comandante da PM com condomínio. Também foi juntada à audiência de custódia, interrogatório do coronel junto à Polícia Civil, após a prisão nesta quarta-feira. Durante todo o interrogatório, o coronel permaneceu em silêncio. 

A vítima tinha câmeras na casa e acabou filmando a extorsão praticada pelo coronel e pelo policial civil Reginaldo Freitas Rodrigues, fazendo a denúncia ao Garras e .

Um terceiro envolvido já foi identificado e deve ser preso nos próximos dias. José Ivan é aposentado e recebe R$ 32 mil. Ele é apontado como braço armado do esquema de extorsão agindo com ameaças e coagindo as vítimas, que eram coagidas há pelo menos 1 ano.

Os empresários teriam feito um negócio com Patrick e teria sido gerada a dívida de R$ 80 mil. As vítimas foram cobradas, pagaram R$ 150 mil e continuaram sendo extorquidas. Atualmente, Patrick estaria cobrando mais de R$ 300 mil dos empresários, que acabaram levando o caso ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Durante a prisão do coronel, as equipes fizeram buscas na casa do militar, onde teria sido apreendido um revólver calibre 38. Na casa de Patrick também teriam sido apreendidas armas de fogo.