‘Amigo’ se torna réu pelo assassinato de esposa de policial civil em Campo Grande
Ele não confessou o crime e teria mentido para a polícia
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Nesta quarta-feira (24), foi recebida denúncia contra Carlos Fernandes Soares, 33 anos, acusado do homicídio de Márcia Catarina Lugo, encontrada morta em 8 de outubro. Considerado amigo e pessoa de confiança da vítima, ele não chegou a confessar o crime para a polícia e teria mentido em depoimento.
A denúncia foi apresentada na terça-feira (23), e conforme o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Carlos foi por várias vezes confidente de Márcia, para quem fazia serviços de motorista. Em 7 de outubro, ele teria alugado a Toytota SW4, que usaria para levar a vítima para identificar possíveis traições do marido de Márcia.
No entanto, no trajeto e com a vítima no carro, Carlos teria sacado a arma de fogo e feito disparos, atingindo um tiro na cabeça de Márcia, que morreu no local. Depois, Ele teria seguido com o veículo até a ponte do Rio Imbirussu, onde desovou o corpo da vítima, jogando no rio para tentar ocultar o cadáver.
Após o crime, ele ainda seguiu até o lava-jato que é proprietário, lavou o veículo alugado e entrou em contato com funileiro para reparar os danos causados pelo tiro. Ele também contatou um tapeceiro para reformar o couro do banco, danificado pelos disparos de arma de fogo.
Uma testemunha ainda foi contratada para deletar as imagens das câmeras de segurança do lava-jato, para induzir a erro a polícia. Ainda segundo o MPMS, Carlos tentou fugir, seguindo para Dourados, após ter feito várias transferências bancárias da conta da mãe de Márcia para contas pessoais.
O caso também é tratado como homicídio qualificado por motivo torpe, já que acredita-se que Carlos matou a amiga para garantir a posse dos cartões e senhas que estavam com ela e usufruir do proveito financeiro. Ele se aproveitou da condição de amigo, para que a vítima não desconfiasse.
Assim, foi feita denúncia por homicídio qualificado por motivo torpe, dissimulação e assegurar a ocultação de outro crime, ocultação de cadáver e fraude processual. O juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, recebeu a denúncia, tornando Carlos réu pelos crimes.
A primeira audiência foi marcada para fevereiro de 2022, para que as testemunhas sejam ouvidas.
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