Acusado de matar segurança Brunão na frente de boate em Campo Grande é condenado a 10 anos
Ele deixa o julgamento ainda em liberdade por força de habeas corpus
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Foi a júri popular nesta quarta-feira (1º) Christiano Luna de Almeida, de 33 anos, pelo homicídio de Jefferson Bruno Gomes Escobar, o ‘Brunão’, morto na frente de uma boate na Avenida Afonso Pena em março de 2011. Ele foi condenado a 10 anos de reclusão e saiu do plenário ainda em liberdade, por força de habeas corpus.
O Conselho de Sentença decidiu por condenar o réu e a pena, assinada pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, é de 8 anos e 6 meses por lesão corporal seguida de morte e 1 ano e 6 meses por injúria, mais 20 dias-multa. Luna já cumpriu pena de 1 ano e três meses e o advogado José Belga Trad ainda afirmou que deve recorrer da decisão.
A sentença prevê cumprimento da pena em regime fechado. No entanto, Christiano fica em liberdade até que o processo transite em julgado. “Foi custoso, mas triste, porque pelo visto ele não vai nem sair preso. Foram 10 anos esperando por isso”, lamentou a mãe de Brunão, Edecelma Gomes Dias, de 50 anos.
“É assim mesmo, a justiça nem sempre é como a gente quer. Mas uma coisa tenho certeza, da justiça divina ele não escapa”, disse. No plenário, Christiano chegou a dizer que saiu naquele dia para se divertir e não “para matar ninguém”. Chorando, ele alegou que era um jovem inconsequente e que bebia demais na época. “Não tem um dia que não me arrependa, como também, não tem um dia em que não vejo o que a bebida fez com minha vida”, falou o réu.
Christiano ainda disse que não sabia da morte de Brunão, e que só ficou sabendo quando policiais foram até a casa dele e o levaram para a delegacia. Ele disse ainda entender a dor dos pais de Jefferson, mas afirma ser uma pessoa diferente hoje em dia.
Relembre o caso
Brunão trabalhava como segurança na casa noturna, quando foi espancado e morto por Christiano Luna. A morte do segurança foi registrada pelo circuito de câmeras da boate. As imagens exibem Christiano, na época acadêmico de Direito, sendo retirado do estabelecimento por ter passado a mão nas nádegas de um garçom por duas vezes.
O segurança foi quem alertou o rapaz primeiro, dentro da boate. Lá fora, Christiano foi dominado pelos seguranças, mas quis ficar no local. Entre um golpe e outro, o rapaz acertou o peito da vítima com um dos pés. Brunão morreu no local, antes do atendimento. Após 6 anos, Christiano foi condenado a 17 anos de prisão. No entanto, o julgamento acabou anulado.
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