Durante novo julgamento que acontece na manhã desta quarta-feira (1º) em Campo Grande, Christiano Luna de Almeida chorou e pediu desculpas à mãe de ‘Brunão’ e a sua família. Ele é acusado de matar o segurança Jefferson Bruno Gomes Escobar a chutes em uma boate na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

Ele disse que saiu no dia do crime para se divertir e ‘não para matar ninguém’. Christiano disse aos prantos que era um jovem inconsequente e que bebia demais na época, levando uma vida desregrada. “Não tem um dia que não me arrependa, como também, não tem um dia em que não vejo o que a bebida fez com minha vida”, falou o réu.

Christiano ainda falou que não sabia da morte de ‘Brunão’, e que só ficou sabendo quando policiais chegaram a sua casa e o levaram para a delegacia. Ele disse acreditar que atingiu o segurança quando estava se debatendo, já que cinco garçons o seguravam na boate. Ele disse entender a dor dos pais de Jefferson, mas afirma ser uma pessoa diferente hoje em dia.

A mãe do segurança conversou com o Jornal Midiamax e disse que espera por Justiça. “A gente pensava que já tinha acabado. Não imaginávamos passar por tudo isso de novo”, disse Edecelma Gomes Dias, de 50 anos.

A cozinheira ainda relatou que o pai de ‘Brunão’ morreu sem ver a Justiça ser feita, e que no primeiro julgamento todos tinham ficado felizes com a condenação de 17 anos dada a Chistiano pelo assassinato. “Ele sempre vai ser um assassino, e da Justiça de Deus ele não escapa”, finalizou.  

O caso

‘Brunão’ trabalhava como segurança na casa noturna, quando foi espancado e morto por Christiano Luna. A morte do segurança foi registrada pelo circuito de câmeras da boate. As imagens exibem Christiano, na época acadêmico de Direito, sendo retirado do estabelecimento por ter passado a mão nas nádegas de um garçom por duas vezes.

O segurança foi quem alertou o rapaz primeiro, dentro da boate. Lá fora, Christiano foi dominado pelos seguranças, mas quis ficar no local. Entre um golpe e outro, o rapaz acertou o peito da vítima com um dos pés. ‘Brunão’ morreu no local, antes do atendimento. Após 6 anos, Christiano foi condenado a 17 anos de prisão. No entanto, o julgamento acabou anulado.