Nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (18), policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e fizeram um cerco na fazenda do empresário Georges para o cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão, na deflagração da terceira fase da Omertà.

Segundo informações obtidas pelo Jornal Midiamax, a propriedade rural estaria deserta como se ninguém estivesse no local há muito tempo ou como se tivesse sido esvaziada. Ainda não houveram prisões em . Além disso, equipes do Garras também estiveram na casa de Fahd, mas nada foi encontrado no local até o momento.

VÍDEO: polícia faz cerco a fazenda de empresário da fronteira na Omertà
Equipes foram até a casa de Fahd (Foto: Via WhatsApp)

Em Campo Grande, mandados de busca e apreensão e mandados de prisão foram cumpridos, sendo que o delegado da Polícia Civil, Márcio Shiro Obara, acabou preso. O nome do delegado e de Fahd aparecem ligados no âmbito das investigações da Omertà. Um dos presos na primeira fase revelou que o motivo do assassinato de Ilson Martins Figueiredo, em junho de 2018, seria pela morte de Daniel Alvarez Georges, 43 anos, filho de Fahd.

O chefe de segurança foi acusado de ‘sumir' com Daniel em maio de 2011 e o corpo nunca foi localizado. Após a execução de Ilson, Obara receberia um montante de R$ 100 mil das mãos do guarda Marcelo Rios, apontado como um dos funcionários de Jamil Name.

Outras quatro pessoas, sendo duas delas ligadas ao empresário Jamil Name, também foram detidas. O empresário é apontado como chefe de uma milícia armada no Estado.

Na primeira fase da Omertà, o empresário Jamil Name, Jamil Name Filho, além de policiais civis e guardas municipais foram presos por fazerem parte de uma milícia armada no Estado. As investigações do Gaeco tiveram início em abril de 2019, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.

Na segunda fase da , que aconteceu em março de 2020 foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em cinco cidades de Mato Grosso do Sul e em João Pessoa, na Paraíba. A segunda fase da operação foi deflagrada depois da descoberta de suposto plano para atentar contra a vida de autoridades envolvidas na investigação do caso, entre elas um promotor de Justiça do MP-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) que integra o Gaeco.