Operação Omertà prende 16 em MS, entre delegado, policiais e conselheiro do TCE-MS
Nova fase da Operação Omertà cumpre mandados e prende até delegado Obara, da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por suspeita de propina.
Arquivo –
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A força-tarefa que toca as investigações da Operação Omertà cumpre mandados de prisão e buscas na manhã desta quinta-feira (18), num total de 18 mandados de prisão preventiva, duas de prisão temporária e três de busca e apreensão.
O delegado Márcio Shiro Obara, ex-titular da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) foi preso.
Além dele, também foi cumprido mandado de busca e apreensão contra um investigador da Polícia Civil de MS, Célio Rodrigues Monteiro e buscas em cidades do interior. Em Ponta Porã, a polícia cercou logo cedo a casa do empresário Fahd Jamil, que já foi investigado e condenado por narcotráfico.
Tanto ele como o filho não foram encontrados. Ainda na cidade de fronteira com o Paraguai, mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em uma propriedade rural de Fahd, com equipes do Garras e do Gaeco.
Alguns dos presos teriam ligações com Jamil Name. O empresário está preso na penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, desde novembro de 2018. Mandados de busca e apreensão também são cumpridos na casa de um investigador da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios). O Midiamax apurou ainda que foram cumpridos contra Jamil Name e Jamil Name filho novos mandados de prisão preventiva por organização criminosa.
Foram cumpridos mandados de prisão contra: Benevides Cândido Pereira conhecido como ‘Benê’, Célio Rodrigues Monteiro, Cinthya Name Belli, Everaldo Monteiro de Assis, Jamil Name, Jamil Name Filho, Lucas Silva Costa conhecido como ‘Lukinhas’, Jerson Domingues, Lucimar Calixto Ribeiro, Márcio Shiro Obara, Melciades Aldana conhecido como ‘Mariscal’, Rogério Luiz Phellipe, Marco Monteoliva, Flávio Correia Jamil Georges, Fahd Jamil e Frederico Maldonado Arruda conhecido como ‘Fred’.
Execução do chefe na segurança do Legislativo
O delegado preso estava sendo investigado na primeira fase da Omertà por receber propina no valor de R$ 100 mil depois do assassinato do policial da reserva e chefe da segurança da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Ilson Figueiredo, em junho de 2018.
Figueiredo teria sido executado em Campo Grande em vingança pela morte de Daniel Alvarez Georges, 43 anos, filho de Fahd Jamil.
O chefe de segurança do Legislativo de Mato Grosso do Sul foi acusado de ‘sumir’ com Daniel em maio de 2011 e o corpo nunca foi localizado.
As investigações também se deram depois do assassinato de Matheus Coutinho que acabou morto em frente de sua casa com tiros de fuzil, em abril de 2019.
Operação Omertà
Na primeira fase da Omertà, o empresário Jamil Name, Jamil Name Filho, além de policiais civis e guardas municipais foram presos por suspeita fazerem parte de suposta milícia armada.
As investigações tiveram início em abril de 2019, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.
Na segunda fase da Operação Omertà, em março de 2020 foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em cinco cidades de Mato Grosso do Sul e em João Pessoa, na Paraíba.
Em seguida, foi deflagrada nova fase após descoberta de suposto plano contra autoridades, entre elas promotor de Justiça do MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) que atua no Gaeco.
Policiais civis, guardas municipais e policial federal
O Garras e o Gaeco, com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito, em setembro de 2018.
A ação levou à prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e militar do Exército, suspeitos de integrarem grupo para crimes de porte ilegal de armas, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros.
As investigações tiveram início em abril, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.
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