Foi concedida nesta terça-feira (10), pelo juiz de direito de Ponta Porã, Marcelo Guimarães Marques liberdade a Ederson Salinas Benitez ou Edson Barbosa Salinas, que é apontado pela polícia como o sucessor do narcotraficante Sérgio de Arruda Quintiliano, conhecido como ‘'.

A liberdade foi concedida com o pagamento de fiança de R$ 80 mil, e medidas cautelares como não se ausentar da cidade sem prévia autorização, recolhimento domiciliar no período noturno e comparecimento mensal ao juiz. No dia 7 de fevereiro, a advogada de defesa havia feito novamente um pedido de revogação da de Salina, que está encarcerado desde o dia 19 de janeiro.

No pedido feito em fevereiro, a defesa alegou falta de provas cabais a respeito de tal identidade de Ederson, que teria uma outra identidade paraguaia. Na época de sua prisão, em janeiro, também foi arbitrada uma fiança de R$ 80 mil, que Ederson chegou a pagar, mas não foi solto e teve o dinheiro devolvido.

A prisão de Edson aconteceu no dia 18 de janeiro, após uma briga no trânsito. Um rapaz de 23 anos, que também portava uma pistola no carro, estava em um Gol com a família, quando deu sinal de luz alta para Rodrigo, que conduzia uma SW4. Rodrigo então teria freado, momento em que o condutor do Gol deu seta e ultrapassou pela direita.

Edson estava no banco do passageiro da SW4 e então teria apontado a pistola para o motorista do Gol. Os envolvidos desceram dos carros, quando teriam começado as ameaças por parte de Salinas para o outro motorista. “Você não me conhece, eu vou te matar, você não sabe com quem está mexendo”, teria dito.

Viaturas da Derf e que faziam rondas pela região foram abordadas pelo condutor do Gol e acabaram prendendo os três envolvidos em flagrante. Além das armas de fogo, foram apreendidos R$ 20 mil em espécie, dólares e guaranis que estavam na SW4.

Líder do PCC

Conhecido como ‘Salinas Riguaçu', Edson é apontado como atual liderança do PCC na fronteira, já que o antecessor Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro', atualmente está no Presídio Federal de Brasília.

As investigações apontam que Salinas é responsável pelas execuções de Chico Gimenez, tio de Jarvis Pavão, e da advogada Laura Marcela Casuso. Ainda há informação de que ele era proprietário da casa onde foram presos 15 membros do primeiro escalão do PCC, comandados por Minotauro, em fevereiro de 2019.

Parte desses membros da organização criminosa que foram presos estavam entre os que fugiram do Presídio de Pedro Juan Caballero na madrugada de domingo (19).