A DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente) apreendeu 202 gigas de infantil durante a terceira fase da Operação Deed Caught, deflagrada na manhã desta quinta-feira (29) e que terminou com quatro presos em Campo Grande. 

De acordo com a delegada Marília de Brito Martins, seriam cerca de 75 mil fotos de crianças e adolescentes nos celulares, HD's, computadores e notebooks apreendidos. O material ainda será encaminhado para análise pericial mais aprofundada.

Um dos suspeitos é um policial militar licenciado, que vinha atuando como advogado. Na casa, além de boa parte do material pornográfico, os policiais também encontraram uma arma que estava registrada em nome dele. A (Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul) disse que, conforme estatuto, veda qualquer inscrição de membro das forças policiais.

“A OAB/MS solicitou o processo de inscrição dele para verificar como ele se inscreveu, se não declarou ou ocultou o exercício da função mesmo estando afastado”, afirmou a entidade por meio da assessoria de imprensa. A Polícia Militar, por sua vez, informou que será instaurado procedimento administrativo disciplinar para apurar a conduta do servidor.

Com um empresário de 37 anos morador no Vilas Boas, também foi achada uma arma com registro no nome do pai dele. No entanto, o suspeito não tinha autorização para portá-la. Além deles foram detidos um sargento do Exército Brasileiro no bairro Lar do Trabalhador e um auxiliar contábil de 34 anos, morador no São Francisco.

Outras fases

Em agosto deste ano foi deflagrada a segunda fase da Deep Caught, em , contra a pedofilia infantil. Sete mandados foram cumpridos em várias cidades do Estado, na época. A operação era contra os acusados de exploração e abuso sexual contra crianças e adolescentes praticados por meio da internet. Na primeira fase em maio deste ano, foram cumpridos mandados em 4 cidades do Estado, Campo Grande, Jardim, Cassilândia e Bonito.

Crime

A pena para quem armazena esse tipo de conteúdo varia de 1 a 4 anos de , de 3 a 6 anos pelo compartilhamento e de 4 a 8 anos de prisão pela produção de conteúdo relacionado aos crimes de exploração sexual.