Preso na Omertà alega que é office boy de secretária e consegue HC

No início da manhã desta sexta-feira (19), foi concedido habeas corpus a Benevides Cândido Pereira, preso na quinta-feira (18) na terceira fase da Operação Omertà. Ele é apontado pelas investigações como um dos responsáveis por movimentar dinheiro da organização criminosa, mas a defesa alega que ele faz apenas serviços de office boy. Conforme o pedido […]

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No início da manhã desta sexta-feira (19), foi concedido habeas corpus a Benevides Cândido Pereira, preso na quinta-feira (18) na terceira fase da Operação Omertà. Ele é apontado pelas investigações como um dos responsáveis por movimentar dinheiro da organização criminosa, mas a defesa alega que ele faz apenas serviços de office boy.

Conforme o pedido de habeas corpus, a defesa afirma que ele apenas atua com office boy para quem seria secretária da família Name, Cinthya Name. A defesa também aponta que a prisão foi uma medida extrema, já que não haveria provas para tal fato. Para o desembargador, não haveria provas concretas ainda de relação entre o acusado com pagamento de propinas ou de extorsão.

O desembargador Vladimir Abreu da Silva ainda garantiu que não se vê ameaça à garantia da ordem pública ou à aplicação da lei penal, entendendo que o decreto de prisão preventiva deve ser substituído por medida cautelar. Por isso, foi parcialmente deferido o pedido da defesa, sendo que o réu deverá comparecer mensalmente em juízo e está proibido de deixar a comarca por prazo superior a sete dias, sem prévia autorização do Juízo.

A decisão vale como alvará de soltura e foi expedida por volta das 6h45 desta sexta.

O que diz o Gaeco

A respeito de Benevides, no pedido de prisão consta pelo Gaeco que, bem como Lucimar Calixto Ribeiro, outro alvo da operação Omertà, ele exercia atividades relacionadas à parte financeira do grupo criminoso. Com isso, eles faziam pagamentos de vantagens indevidas aos agentes públicos integrantes da organização criminosa e segundo a denúncia, ambos cumprem expediente na casa da família Name.

Conforme a peça, Benevides trabalha há anos para a família e seria um dos responsáveis por repassar valores aos colaboradores vinculados à organização. A comprovação seria a partir de ele ter feito o pagamento de vantagens a Frederico Maldonado Arruda e Elvis Elir Camargo Lima, também alvos da operação.

O pagamento teria sido feiro por depósitos bancários. Em interrogatório, Benevides teria confirmado saque de altos valores em nome de Name, aponta o Gaeco. Benevides foi preso na quinta mediante mandado de prisão preventiva que, agora, ao ver do desembargador, pode ser convertida em liberdade mediante medidas cautelares.

Ainda foi apurado que Benevides já foi preso em flagrante pela posse irregular de uma arma de fogo em 2018. Naquele dia, a Polícia Militar foi até a casa dele por causa de uma denúncia de violência doméstica. Ele acabou detido em flagrante com a arma.

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