Operação contra lideranças do PCC nos presídios cumpre mandados em MS

Na manhã desta terça-feira (25), a Polícia Federal realiza a Operação Expurgo, que cumpre 37 mandados em 6 estados, entre eles Mato Grosso do Sul. As ações agem sobre lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital),  que atua de dentro dos presídios e tentava expandia a atuação no Rio de Janeiro. Conforme a Polícia Federal, […]

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Na manhã desta terça-feira (25), a Polícia Federal realiza a Operação Expurgo, que cumpre 37 mandados em 6 estados, entre eles Mato Grosso do Sul. As ações agem sobre lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital),  que atua de dentro dos presídios e tentava expandia a atuação no Rio de Janeiro.

Conforme a Polícia Federal, são 27 mandados de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão. Destes, 3 mandados de prisão são cumpridos em Mato Grosso do Sul. Além disso, também há ações no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco e Pará.

Também segundo a PF, os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Bangu (RJ). Isso após investigação sobre as atividades criminosas de lideranças e dos principais integrantes de uma facção criminosa.

Tentativa de expansão

A partir das investigações, que iniciaram em dezembro de 2018, a PF identificou que as lideranças do PCC tentavam expandir a atuação no Rio de Janeiro. Ainda foi apurado que a facção tentava fazer a aproximação em parceria com outras facções já atuantes no estado.

Então, as diligências identificaram que os líderes que, mesmo já presos, desempenhavam a “gestão criminosa” de dentro das unidades prisionais. Com isso eles replicavam ordens e tomavam decisões, a exemplo dos chamados “salves” dados pela cúpula da organização.

Ainda para a PF, a rede criminosa se mostrou estruturada e organizada com base na hierarquia e disciplina, regidas por ”Estatuto” e “Dicionário Disciplinar” próprios. Assim eles estabeleciam condutas, protocolos a serem seguidos e até a aplicação de sanções em caso de descumprimento das determinações.

Também foi identificado que a comunicação do PCC era facilitada pelo uso de aplicativos e orientava a divisão de tarefas. Isso permitia a definição de atividades diárias, a realização de debates e a tomada de decisão. Bem como a difusão de diretrizes a serem adotadas pelos membros e o monitoramento das atividades das forças de segurança estaduais.

Além do crime de integrar organização criminosa, os presos serão autuados pelos crimes de tráfico de drogas e armas. O nome da Operação faz referência ao movimento da Polícia Federal de desfazer a estrutura da organização criminosa, evitando a sua expansão e domínio no estado do Rio de Janeiro.

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