Operação da PF em Corumbá prendeu 10 pessoas e apreendeu até barcos

A Operação Aversa, deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira (9), resultou na prisão de 10 pessoas e apreensão de R$ 101.117 em bens, incluindo nove veículos e dois barcos. Uma empresa de preparação de som de veículos era utilizada na lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Segundo o delegado da Polícia Federal Alan Givini, […]

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A Operação Aversa, deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira (9), resultou na prisão de 10 pessoas e apreensão de R$ 101.117 em bens, incluindo nove veículos e dois barcos. Uma empresa de preparação de som de veículos era utilizada na lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

Segundo o delegado da Polícia Federal Alan Givini, dez pessoas foram presas em Corumbá e Campo Grande. Ainda conforme o delegado, há suspeitas de que alguns dos presos teriam ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Entretanto, ainda não foi possível confirmar se o dono da loja de som automotivo era um deles.

Foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em Corumbá e Campo Grande, e também em Guarulhos, Presidente Prudente, Martinópolis, Regente Feijó e Bauru, no estado de São Paulo.

Investigações e R$ 24 milhões

As investigações identificaram uma sofisticada rede logística e de lavagem de dinheiro, que incluiu carretas construídas especificamente para o transporte de drogas, além de uma estrutura de pagamentos de motoristas, auxiliares e fornecedores de entorpecentes.

A investigação teve início no final de 2019, mais de meia tonelada de cocaína foi apreendida e dois motoristas foram presos. Os policiais identificaram também valores ilícitos superiores a R$ 24 milhões movimentados pela organização criminosa desde o ano de 2018.

A operação resultou ainda na apreensão de caminhões, semirreboques, automóveis, lanchas, moto-aquática e no sequestro de bens imóveis, além do bloqueio de valores no sistema bancário. Somente entre os bens móveis e imóveis, a equipe de investigação estima que mais de R$ 5,5 milhões tenham sido retirados das mãos da organização criminosa.

Entre outras informações, as investigações revelaram que a organização criminosa adquiria semirreboques e os reconstruía inserindo vãos nas longarinas, permitindo a ocultação de drogas em grandes quantidades dentro do novo espaço criado no interior dos “chassis” das carretas. As alterações eram tão profundas que exigiam a “remontagem” dos veículos, com uso de mão-de-obra especializada.

A operação também identificou, no estado de São Paulo, o principal financiador das operações ilícitas do grupo, ou seja, além de descapitalizar a organização criminosa, a Polícia Federal realiza a prisão de suas lideranças, desarticulando por completo o esquema criminoso.

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