Justiça determina que piloto do tráfico seja transferido para presídio federal

Preso durante a Operação Cavok, deflagrada pela Polícia Federal no mês de agosto, o piloto Ilmar de Souza Chaves, 65 anos, ligado ao narcotraficante Fernandinho Beira-Mar, será transferido para o Presídio Federal de Mossoró (RN), a pedido do MPF/MS (Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul). A decisão é da juíza federal de Ponta […]

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Preso durante a Operação Cavok, deflagrada pela Polícia Federal no mês de agosto, o piloto Ilmar de Souza Chaves, 65 anos, ligado ao narcotraficante Fernandinho Beira-Mar, será transferido para o Presídio Federal de Mossoró (RN), a pedido do MPF/MS (Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul). A decisão é da juíza federal de Ponta Porã Carolline Scofield Amaral.

A defesa havia recorrido solicitando a manutenção no presídio de segurança máxima de Naviraí. No entanto, o MPF destacou que o réu seria um dos líderes de contrabandos na fronteira, motivo pelo qual mantê-lo em Naviraí ofereceria risco à ordem pública, pois havia suspeita de que a organização o qual participava teria se reestruturado e voltado à ativa.

“[…] o paciente permaneceu foragido por longos anos, após a deflagração da Operação Marco 334, na qual foi condenado por crimes similares aos investigados na Operação Teçá [contrabando de cigarro], o que, obviamente, constitui mais um motivo para a decisão impugnada, considerando-se, ainda, que a cidade de Naviraí está localizada na região da fronteira com o Paraguai, o que eleva o risco de fuga e de continuidade de atuação da organização criminosa”, justificou a magistrada em sua decisão.

A Operação Cavok foi deflagrada pela Polícia Federal dia 6 de agosto para desarticular esquema de tráfico internacional de drogas na fronteira com o Paraguai. Na ocasião, foram apreendidas 23 aeronaves usada na logística do crime organizado. 

Ilmar já outras passagens por tráfico e em 2010 chegou  a ser preso em Laje, distrito de Ibiraci (MG). Ele havia acabado de chegar de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, e tentava decolar novamente quando foi flagrado. Em seu histórico, consta atuação com  Sérgio Roberto de Carvalho, o major Carvalho, ex-servidor da Polícia Militar envolvido com tráfico de cocaína.

Na Justiça Federal de Mato Grosso do Sul constam contra Ilmar processos por uso de documento falso, apreensão de bens e tráfico de drogas. Também em 2010, Ilmar teve uma aeronave Cessna, prefixo PRUSS, leiloada. O avião havia sido apreendido por uso no transporte de drogas.

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