Gerente da máfia dos cigarreiros preso em setembro tem habeas corpus negado no TRF-3

Nesta terça-feira (17), foi inserida nos autos de processo da Operação Nepsis mais uma negativa de habeas corpus a Fabiano Signori, 35 anos, o Toro. Ele é apontado como gerente da máfia dos cigarreiros, um dos responsáveis por montar as estratégias para o trânsito das cargas de cigarro no Brasil. A decisão é da 11ª […]

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Policial federal durante cumprimento da mandado na ação contra cigarreiros
Policial federal durante cumprimento da mandado na Operação Teçá

Nesta terça-feira (17), foi inserida nos autos de processo da Operação Nepsis mais uma negativa de habeas corpus a Fabiano Signori, 35 anos, o Toro. Ele é apontado como gerente da máfia dos cigarreiros, um dos responsáveis por montar as estratégias para o trânsito das cargas de cigarro no Brasil.

A decisão é da 11ª Turma, que em sessão presidida pelo desembargador federal José Lunardelli, por unanimidade denegou a ordem de habeas corpus. A certidão é datada do dia 12 de novembro, sendo que Fabiano ficou foragido após cumprimentos de mandados nas operações contra a máfia dos cigarreiros. Ele só foi detido em setembro deste ano, no Paraguai.

Toro

Fabiano é apontado nas denúncias do MPF (Ministério Público Federal) como gerente e coordenador da máfia dos cigarreiros. Além disso, atuava como braço direito de Fabio Costa, o Pingo ou Japonês, preso recentemente em uma casa em Salto del Guairá (PY). Fabio era um dos mandantes, o ‘patrão’ da organização criminosa.

Operação Nepsis

A operação foi desmembrada e já teve 4 fases, sendo a última em maio deste ano. Nesta, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na região de fronteira em Amambai, Iguatemi, Itaquiraí, Naviraí e Ponta Porã

A ação foi desenvolvida para juntada de provas referentes aos pagamentos de propina a policiais civis de Mato Grosso do Sul. Isso a partir de uma lista de contabilidade com registro de pagamentos a alguns desses oficiais da região do Cone Sul.

Essas listas estavam em documentos e celulares apreendidos com membros da máfia dos cigarreiros na primeira fase da operação. Com isso, 7 policiais civis foram identificados como possíveis líderes regionais do esquema de distribuição do dinheiro ilícito para facilitação do contrabando.

Para a Polícia Federal e MPF, a organização criminosa formou um verdadeiro consórcio de contrabandistas, com a criação de uma rede sofisticada de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai.