A defesa do piloto de avião preso há três dias por danificar um apartamento no condomínio localizado na Avenida Afonso Pena, em frente ao Shopping Campo Grande, esteve no Fórum na manhã desta sexta-feira (3). Ele reafirmou o pedido de habeas corpus feito na quinta-feira (2) e ainda contou que o cliente não era bem visto, nem bem quisto pelos vizinhos.

O advogado Jaques de Andrade relatou novamente ao Jornal Midiamax as alegações para o pedido de habeas corpus, com exigências de que o valor da fiança arbitrado pelo juiz em audiência de custódia – R$ 100 mil –  seja extinto ou reduzido, uma vez que o cliente está desempregado e não tem condições de arcar com o custo.

Defesa diz que piloto não era bem visto em condomínio de luxo por ser ‘simples’
Defesa esteve no Fórum nesta manhã (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Ainda conforme Jaques, o juiz não poderia ter baseado o valor da fiança no prejuízo dado ao dono do apartamento e veículos que foram danificados, uma vez que esse tipo de procedimento corre em esfera cível posteriormente. Caso o magistrado não aceite o pedido de habeas corpus, eles devem recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Sobre o ocorrido, o advogado afirmou que houve exagero por parte do cliente na atitude, mas que ele está arrependido. Ele ainda nega qualquer desavença anterior entre o piloto e o vizinho, mas afirma que o cliente nunca foi bem visto no condomínio, por ser uma pessoa ‘simples’, ‘do povo’, e que não está empregado.

Documentos apresentados pela mãe do piloto, que também é advogada, comprovariam a baixa renda e também que ele não tem vínculo com qualquer empresa, trabalhando com ‘bicos’. Ela ainda afirma que ele atualmente mora no apartamento que pertence à mãe, dando a entender que não é quem custeia a moradia, que é de alto valor.

O piloto está atualmente detido no PTran (Presídio de Trânsito) e aguarda decisão para saber se poderá responder ao processo em liberdade.