A Adepol-MS (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Mato Grosso do Sul) informou que vai acionar judicialmente o Jean Cabreira, após declarações dele de que o cliente,  o pedreiro Cleber de Souza Carvalho, de 43 anos, preso e indiciado por matar sete pessoas em , teria sido torturado por policiais da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) durante as investigações. 

Na tarde de terça-feira (26), o réu foi transferido ao IPCG (Instituto penal de Campo Grande), com base em decisão do juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, após pedido feito pela defesa. O advogado fez denúncia junto ao Gacep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial) contra três investigadores e o delegado da DEH,  por suposta tortura. Ele também fez uma representação na (Ordem dos Advogados do Brasil).

Por meio de nota, a associação informou que vai entrar com medidas nas áreas Cível e Criminal, além de ingressar com representação junto à OAB contra o advogado.  Além disso, informou que o trabalho policial foi realizado em conformidade com a lei, “com o objetivo de elucidar os fatos, diante de crimes bárbaros que chocaram a todos”.

“Os assassinatos cometidos pelo pedreiro foram descobertos durante investigações sobre o do comerciante José Leonel Ferreira dos Santos, de 61 anos, que teve o corpo enterrado no quintal de casa. Após a descoberta do crime, Cleber de Souza Carvalho confessou a morte de outras seis pessoas e indicou os locais onde os corpos estavam enterrados”, pontuou a Adepol-MS.

A Polícia Civil, bem como o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) divulgaram nesta quarta-feira (27) notas de repúdio a respeito das alegações do advogado.

Nota da Adepol-MS na íntegra

A Adepol-MS vai entrar com medida judicial nas áreas cível e criminal, além de uma representação junto à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), contra o advogado Jean Carlos Cabreira, que faz a defesa do serial killer Cleber de Souza Carvalho, acusado de matar e ocultar os corpos de sete pessoas em Campo Grande. 

Em declaração à imprensa, o advogado alegou que seu cliente foi vítima de agressões físicas e psicológicas por parte dos policiais civis e do delegado que conduz o caso, além de afirmar que os policiais “são treinados para agredir, sem deixar lesões aparentes”, afirmando que os agentes da lei cometem crime de tortura contra os investigados. 

A Adepol-MS lamenta a postura do advogado e garante que os trabalhos da Polícia Civil foram realizados em conformidade com a lei, com o objetivo de elucidar os fatos, diante de crimes bárbaros que chocaram a todos.

Os assassinatos cometidos pelo pedreiro foram descobertos durante investigações sobre o desaparecimento do comerciante José Leonel Ferreira dos Santos, de 61 anos, que teve o corpo enterrado no quintal de casa. Após a descoberta do crime, Cleber de Souza Carvalho confessou a morte de outras seis pessoas e indicou os locais onde os corpos estavam enterrados.