O inquérito que apurava o crime de contra um pai de santo de 39 anos, já foi encerrado e enviado para a Justiça. O suspeito de estuprar dois irmãos de 13 e 14 anos, em abril deste ano irá responder em liberdade.

Segundo a delegada da Depca (Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente), Franciele Candoti, como não houve o flagrante não teve como manter o pai de santo preso. Medidas protetivas foram impostas para que o suspeito não se aproxime dos meninos. Em depoimento, ele negou ter cometido o crime, acusando a mãe dos meninos, uma esteticista, de ter inventado a história.

O pai de santo usava da fé dos garotos para poder abusar dos meninos afirmando que era parte da iniciação da religião. Para a delegada disse que o suspeito teria dito em depoimento que a mãe dos garotos teria inventado a história porque ela devia dinheiro a ele, e para não pagar a dívida – não foi revelado o valor – teria dito que ele havia estuprado os irmãos.

Os abusos ocorriam há cerca de um ano e dois meses, quase sempre em um quarto de orações no terreiro de candomblé que fica em , segundo a denúncia feita pela mãe dos garotos.

Sendo que os fatos vieram à tona, após a descoberta de uma traição do pai de santo. Ele foi flagrado traindo o marido com um filho de santo de 20 anos.

“Quando soube, perguntei aos meus filhos se eles tinham sido abusados, pois também eram filhos de santo e estavam sempre sozinhos com ele no terreiro, e inclusive dormiam lá. Eles acabaram contando. Nós frequentávamos o local desde janeiro de 2017, e desde fevereiro eles vinham sendo abusados, sem contar a ninguém”, pontuou a mãe.

O pai de santo se aproveitava da posição de líder espiritual para cometer e justificar os estupros. Ele usava da fé dos irmãos para cometer os crimes. Os meninos teriam contado a mãe que o pai de santo afirmava que estava ali para ensiná-los.  “Ele falava que era um homem maduro, que conhecia o próprio corpo, e por isso deveria ensinar os meninos a conhecerem seus corpos também”, disse a esteticista.