Depois da tentativa da defesa do estudante de medicina, João Pedro de Miranda, de conseguir a absolvição sumária – quando não existe nem julgamento – o MPMS (Ministério Público Estadual) pediu para que a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) do acadêmico seja consultada para se saber se estava em dia ou não quando o acidente, que matou aconteceu.

O pedido foi protocolado nesta terça-feira (16) dando um prazo de cinco dias para que sejam levantados os dados da situação do documento do dia do acidente até os dias atuais. Já em relação ao pedido da defesa de João Pedro acerca de imagens em um bar da Avenida Afonso Pena, o MP afirma não haver “qualquer justificativa que pudesse embasar a realização de novas diligências ‘no mesmo local'”.

A 1º audiência do acidente foi marcada para julho deste ano, onde serão ouvidas testemunhas apresentadas pelo MP-MS, sendo que no dia 12 agosto outra audiência deve ouvir as testemunhas de defesa. Por fim, no dia 13 agosto, o estudante de medicina João Pedro deve ser ouvido.

A decisão com as datas das audiências foi publicada no dia 28 de março. Em despacho, o juiz de direito Roberto Ferreira Filho argumentou que a defesa “não apresentou justificativa que pudesse levar a absolvição sumária do acusado”, depois da tentativa de absolvição sumária.

Segundo os advogados do acadêmico de medicina, o carro da advogada estaria com a documentação atrasada na ocasião da colisão, em 2 de novembro de 2017. Eles ainda pediram os dados do Detran-MS e querem verificar se a habilitação da vítima estava em dia. Carolina foi atingida pela camionete de João Paulo que, segundo dados da perícia, descia a principal avenida de a 115 km/h.  Ela estava a 30 km/h.

Mesmo assim, a defesa sustenta que João Pedro é inocente e que ‘todos os fatos serão esclarecidos'. Está não seria a primeira vez que a defesa do estudante tentou desqualificar a vítima, em julho de 2018, a defesa do estudante de medicina já havia feito o pedido para a análise do sangue de Carolina Albuquerque no intuito de saber se antes do acidente ela teria ingerido bebidas alcoólicas. No entanto, o IALF (Instituto de Análises Laboratoriais e Forenses) teria afirmado à Justiça que não possuía equipamentos para atender ao pedido.

No dia 5 de junho, segundo relatório do cartão de crédito anexado ao processo, foi constatado que Carolina havia comprado, em um bar na Avenida Afonso Pena, um suco de laranja, um chopp e um lanche para crianças. O relatório foi anexado ao processo a pedido da defesa do estudante de medicina.

No dia 31 de julho a quebra dos sigilos bancários e telefônicos de João Pedro de Miranda foram autorizados pela Justiça. Foi enviado também um pedido a Google para tentar a localização de João Pedro antes do acidente.