Mestre de obras acusado de matar homem a tiros é absolvido pela Justiça

O mestre de obras Alderi da Conceição dos Santos, 28 anos, foi absolvido pelo Conselho de Sentença durante julgamento nesta terça-feira (19) pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. Alderi foi a júri acusado por matar a tiros Ivan Marques da Silva, no dia 6 de dezembro de 2015, no Jardim Los […]

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Alderi alegou legítima defesa (Foto: Renata Portela)
Alderi alegou legítima defesa (Foto: Renata Portela)

O mestre de obras Alderi da Conceição dos Santos, 28 anos, foi absolvido pelo Conselho de Sentença durante julgamento nesta terça-feira (19) pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. Alderi foi a júri acusado por matar a tiros Ivan Marques da Silva, no dia 6 de dezembro de 2015, no Jardim Los Angeles, na Capital. O réu alegou legítima defesa, dizendo que se sentiu ameaçado pela vítima.

Durante o julgamento, tanto o Ministério Público quanto a defesa do réu, pediram absolvição de Alderi por reconhecerem que estavam presentes os requisitos de legítima defesa no caso. O Conselho de Sentença composto por seis mulheres e um homem, por maioria dos votos, decidiu absolver Alderi.

A sentença foi proferida pelo juiz Mário José Esbalqueiro Júnior.

Alderi contou ao júri que ele trabalha com construções, como mestre de obras. Na época, Ivan teria pedido um emprego, mas ele negou, já que o rapaz que tinha 22 anos na época não tinha boa fama no bairro e já acumulava passagens pela polícia, inclusive por homicídio.

Ainda segundo Alderi, ele esclareceu aos funcionários os motivos pelos quais não contratou o rapaz e um dos pedreiros seria um amigo de Ivan. Este amigo então teria dito para Ivan que ele foi difamado por Alderi e a partir daquele dia o mestre de obras teria passado a ser ameaçado pelo rapaz e intimidado. “Quando ele me via, me ameaçava, mostrava a arma, mostrava o dedo, me xingava”, contou.

Um dia antes do crime Alderi teria ido ao mercado com a filha de 7 meses e, na volta, encontrou com Ivan que o parou. Com uma arma de fogo, o rapaz teria feito ameaças e dito que atiraria em Alderi, que foi embora para casa com a criança. No dia seguinte, um domingo, ele saiu de casa com a arma de fogo que guardava na residência.

“Meu primo me deu a arma antes de morrer e eu deixei uns 7 ou 8 anos guardada”, disse o réu. Ele afirmou aos jurados que nunca antes tinha atirado e que saiu com o revólver porque estava com medo de Ivan. Naquele dia Alderi foi jogar bola e ao chegar no campinho, deixou a arma escondida embaixo da bicicleta.

Quando voltava para casa, disse que foi parado por Ivan. “Eu vi uma roda de pessoas e ele saiu e parou na minha frente”, contou. “E agora que você não está com a sua filha? E se eu quiser te dar uns tiros agora?” teria dito Ivan ao réu, conforme depoimento. Naquele momento, Alderi disse que Ivan sacou a arma de fogo e tentou atirar.

“Eu ouvi dois tiros que falharam e me apavorei, eu vi a morte”. Alderi disse que sacou o revólver e começou a atirar, sem contar quantos tiros deu, e ainda afirmou que pensava que Ivan continuava atirando também. Após os tiros ele pegou a bicicleta e foi embora, momento em que a arma de fogo teria caído no local.

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